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Eleição presidencial ucraniana cancelada: o que vem a seguir?

© AP Photo / Roman KoksarovVladimir Zelensky fala durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, em Riga. Letônia, 11 de janeiro de 2024
Vladimir Zelensky fala durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, em Riga. Letônia, 11 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2024
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A decisão do presidente ucraniano Vladimir Zelensky de não realizar a eleição presidencial em seu país, apesar do mandato terminar em dois meses, provavelmente não terá um impacto significativo em seu relacionamento com o Ocidente, diz o analista político Bogdan Bezpalko à Sputnik.
Previstas para ocorrer inicialmente neste domingo (31), as eleições na Ucrânia foram canceladas sob pretexto de uma lei marcial decretada pelo presidente Zelensky. Enquanto autoridades em Kiev insistiam que essa decisão está relacionada ao conflito ucraniano iniciado em fevereiro de 2022, há suspeitas de que a decisão foi motivada pelas avaliações de Zelensky nas pesquisas de opinião.
"Ele não quer realizar eleições porque teme perdê-las e que alguém mais ocupe seu lugar. A Ucrânia não está em estado de guerra, a mobilização não foi oficialmente declarada, não há outros atributos associados a um país que está oficialmente em estado de guerra. A lei marcial, é claro, pode permitir que ele estenda seu mandato, mas não indefinidamente", disse o analista político Bogdan Bezpalko à Sputnik.
O representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, já sugeriu que Zelensky deixará tecnicamente de ser um presidente legítimo assim que seu mandato terminar em 21 de maio.
No entanto, Bezpalko observou que o mandato presidencial de Zelensky pode ser prorrogado até agosto, sem mencionar que o regime em Kiev pode tentar encenar alguma provocação para "alterar o status judicial do conflito" e assim estender ainda mais a situação.
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O analista acrescentou que a decisão de Zelensky dificilmente terá repercussões no Ocidente, já que o atual regime em Kiev atende aos interesses dos países aliados. Porém, se por algum motivo o Ocidente decidir destituir Zelensky, seria imediatamente declarado que ele não ocupa o cargo de forma legítima, sugeriu Bezpalko.
Embora as potências ocidentais possam dar "algumas declarações tímidas" sobre a decisão de Zelensky de não realizar eleições, provavelmente não serão seguidas por quaisquer sanções ou diminuição do fluxo de assistência ocidental para Kiev, acrescentou.

"Ele pode acabar enfrentando algumas dificuldades em seus contatos com o Ocidente, mas continuará recebendo ajuda limitada, significativamente diminuída talvez, mas continuará recebendo ajuda", observou Bezpalko.

Segundo o especialista, a questão da legitimidade de Zelensky é uma preocupação secundária, já que o substituto provavelmente não mudaria a posição da Ucrânia em relação à Rússia ou ao conflito como um todo. A razão para isso, disse ele, é o fato de que não é apenas a Ucrânia ou Zelensky em si que estão envolvidos em conflito com a Rússia, mas, essencialmente, todo o Ocidente.
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Bezpalko também observou que Zelensky estabeleceu um regime autoritário na Ucrânia ao tentar negar aos seus oponentes políticos acesso aos meios de comunicação de massa e a quaisquer recursos materiais.
Além disso, o presidente é considerado responsável por arrastar a Ucrânia para um conflito que se tornou um desastre absoluto no país e Zelensky teria uma grande derrota em uma eleição livre e transparente, concluiu Bezpalko.
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