Panorama internacional

Ocidente usou mandato de Zelensky para 'falsas promessas de paz', diz ex-analista do Pentágono

Para a ex-analista do Pentágono e tenente aposentada da Força Aérea dos Estados Unidos Karen Kwiatkowski, o Ocidente perdeu o mandato concedido pelo povo a Vladimir Zelensky nas eleições presidenciais há cinco anos, quando os ucranianos esperavam pela paz, mas não a "obtiveram". Declaração foi dada em reunião no Conselho de Segurança da ONU.
Sputnik

"O que os ucranianos querem? Zelensky foi eleito com uma esmagadora maioria há cinco anos porque prometeu paz e o fim da guerra em Donbass. O Ocidente desperdiçou o mandato de Zelensky e desconsiderou cada uma de suas promessas", disse Kwiatkowski.

Durante a reunião, a tenente aposentada norte-americana lembrou que atualmente o regime de Zelensky se resume a "implorar por dólares esgotados e sistemas de armas inacessíveis". Nos últimos meses, Kiev enfrenta dificuldades de financiamento com o seu principal fiador, os Estados Unidos: o projeto que destina US$ 60 bilhões (R$ 307 bilhões) está parado no Congresso por conta da resistência dos republicanos.
Além disso, a ex-analista do Pentágono lembrou da prisão pelo governo Zelensky de "pessoas pela liberdade de expressão e jornalismo, fechando partidos políticos e igrejas e suspendendo a realização das eleições presidenciais".
Para Karen Kwiatkowski, os ucranianos desejam hoje, mais do que nunca, que a paz seja alcançada, processo que foi boicotado pelo Ocidente desde o início da operação militar especial russa no país.
"Em vez do que a maioria dos ucranianos deseja, eles recebem mais armas. Milhares de metralhadoras, rifles de precisão, lançadores de granadas e centenas de milhares de cartuchos confiscados pelos Estados Unidos foram enviados à Ucrânia apenas na semana passada", observou.
Sobre as entregas dispersas de armas à Ucrânia, a ex-analista foi enfática: "Não, elas não ajudarão [no campo de batalha]".
Operação militar especial russa
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Eleição presidencial cancelada na Ucrânia

Previstas para terem ocorrido no fim de março, as eleições presidenciais na Ucrânia foram canceladas por Zelensky sob pretexto do conflito. Especialistas já avaliaram à Sputnik que não realizar o pleito, apesar de o mandato do presidente terminar em dois meses, provavelmente não terá um impacto significativo em seu relacionamento com o Ocidente.
Enquanto autoridades em Kiev insistiam que essa decisão está ligada à operação militar especial, há suspeitas de que a decisão foi motivada pelas avaliações de Zelensky nas pesquisas de opinião.
"Ele não quer realizar eleições porque teme perdê-las e que alguém mais ocupe seu lugar. A Ucrânia não está em estado de guerra, a mobilização não foi oficialmente declarada, não há outros atributos associados a um país que está oficialmente em estado de guerra. A lei marcial, é claro, pode permitir que ele estenda seu mandato, mas não indefinidamente", disse o analista político Bogdan Bezpalko à Sputnik.
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