Panorama internacional

Mar do Sul da China: Filipinas querem negociar código de conduta com a China, diz mídia

As Filipinas e a China estiveram em desacordo no ano passado sobre o território marítimo, com Manila acusando Pequim de cometer repetidamente atos agressivos.
Sputnik
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), as Filipinas estão firmemente empenhadas nas negociações para um código de conduta entre a China e os países do Sudeste Asiático para evitar confrontos no mar do Sul da China, disse o ministro das Relações Exteriores nesta quinta-feira (15), sem culpar a tensão entre Pequim e Washington.
O secretário de Relações Exteriores filipino, Enrique Manalo, também disse que as tensões no mar do Sul da China não se tratam apenas de uma rivalidade entre os Estados Unidos e a China, e que as Filipinas, e outros países da região, têm direitos e interesses legítimos a defender.
Tal visão "não ajudará na compreensão honesta da situação", disse ele aos repórteres. "Isso obscurece o bom senso, ações que são claramente ilegais no direito internacional e contra a Carta da ONU são por vezes racionalizadas sob o pretexto desta rivalidade."
Manalo também expressou preocupação com as tensões regionais na vizinha Taiwan e instou todas as partes a permanecerem em contato direto.
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A ideia de um código de conduta foi idealizada há mais de duas décadas, mas as partes só se comprometeram a iniciar o processo em 2017. No entanto, foram feitos poucos progressos neste sentido ao passo que Pequim tem sido repetidamente acusada de desconsiderar a iniciativa reivindicando 90% de soberania sobre o mar apesar de uma arbitragem internacional ter se posicionado contrariamente.
As Filipinas e a vizinha China têm estado em desacordo sobre o território marítimo. Manila acusa Pequim de cometer repetidamente atos agressivos dentro da sua zona econômica especial, enquanto a China repreendeu as Filipinas por invadirem o que diz ser o seu território.
A disputa se intensificou quando as Filipinas assumiram compromissos de defesa com os Estados Unidos, incluindo a expansão do acesso às suas bases e uma série de exercícios militares e patrulhas no mar, irritando Pequim.
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