Panorama internacional

Memorando vazado dos EUA revela preocupações de diplomatas com a política de Biden sobre Israel

Funcionários do Departamento de Estado, em um memorando vazado, teriam criticado a abordagem do governo Biden ao conflito Israel-Hamas, pedindo uma condenação mais pública das ações israelenses.
Sputnik
De acordo com o Politico, nesta segunda-feira (6), um memorando dos EUA vazado detalhou dois pedidos de funcionários do Departamento de Estado norte-americano: endossar um cessar-fogo e adotar uma abordagem mais equilibrada nas comunicações públicas e privadas sobre Israel, incluindo a discussão aberta das preocupações sobre as táticas militares israelenses e o tratamento dado aos palestinos.
De autoria de dois funcionários de nível médio com experiência em Oriente Médio, o memorando também reconhece o legítimo direito e obrigação de Israel de buscar justiça contra o grupo palestino Hamas durante o ataque-surpresa de 7 de outubro, ao mesmo tempo em que considera o subsequente elevado número de vítimas palestinas — principalmente civis, muitos deles crianças — inaceitável.
"Devemos criticar publicamente as violações das normas internacionais por parte de Israel, tais como a incapacidade de limitar as operações ofensivas a alvos militares legítimos", afirma o conteúdo do documento.
"Quando Israel apoia a violência dos colonos e a tomada ilegal de terras ou emprega o uso excessivo da força contra os palestinos, devemos comunicar publicamente que isso vai contra os nossos valores norte-americanos, para que Israel não aja impunemente."
O memorando, que foi marcado como "sensível, mas não classificado", destacou ainda que as falhas nas mensagens dos EUA "contribuem para a percepção pública regional de que os Estados Unidos são um ator tendencioso e desonesto, que na melhor das hipóteses não avança e na pior das hipóteses prejudica interesses dos EUA em todo o mundo."
O Departamento de Estado não fez comentários ao meio de comunicação à luz do documento vazado.
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