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Processos eleitorais na Venezuela sempre enfrentaram boicote dos EUA, avalia analista

© AP Photo / Ariana CubillosVenezuelanos fazem fila para participar das eleições em seu país em frente a muro com a imagem do ex-presidente Hugo Chávez
Venezuelanos fazem fila para participar das eleições em seu país em frente a muro com a imagem do ex-presidente Hugo Chávez - Sputnik Brasil, 1920, 28.03.2024
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Há 25 anos, desde a posse do já falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, as eleições realizadas no país sul-americano enfrentam tentativas de boicote dos EUA, de acordo o analista político David Gómez em conversa com a Sputnik nesta quarta-feira (27).
Na última segunda-feira (25), os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Peru, Paraguai e Uruguai questionaram a "integridade e transparência" do processo eleitoral em curso na Venezuela, após "novos obstáculos" no processo de inscrição de candidaturas.
A esses países, juntaram-se na terça-feira (26) à Colômbia e ao Brasil, os quais expressaram "preocupação" com o processo.
O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, classificou os questionamentos de "grosseiros e intervencionistas" e declarou que as declarações desses países copiam a agenda de Washington.
Manifestante da oposição agita bandeira venezuelana em frente aos escritórios administrativos da petroleira estatal venezuelana PDVSA, em Caracas, Venezuela (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 26.03.2024
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Brasil e Colômbia citam 'preocupação' com eleição na Venezuela; Caracas rebate: 'Intervencionistas'

"Desde que a revolução assumiu o poder e estabeleceu através do governo bolivariano um projeto de independência [...], não houve nenhuma eleição em que o governo norte-americano e um sistema que podemos categorizar como imperialista não tenham tentado boicotá-la", detalhou o mestre em ciências políticas, formado pela Universidade de Lobachevsky, na Rússia.

Para Gómez, os pronunciamentos violam o direito internacional ao tentar impor sua postura "intervencionista":
"Não têm sido poucos os governos e organizações internacionais que se somaram de maneira grosseira e desrespeitosa ao direito internacional e à diplomacia, para tentar sabotar, ter uma posição intervencionista dentro dos processos democráticos que são garantidos no âmbito das leis da Venezuela", disse ele.

"Existe um setor da direita, aliada aos EUA, que buscou através da violência e de posições antidemocráticas, minar a institucionalidade do país, indo contra suas leis, indo contra a Constituição, desobedecendo ordens de caráter judicial que deixam muito claro no panorama quem tem a possibilidade de participar dentro de um processo eleitoral", pontuou.

No início de 2024, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela confirmou que María Corina Machado, que se perfilava como a principal candidata da oposição, estava politicamente inabilitada por 15 anos, de acordo com um processo que começou em 2015, devido a irregularidades administrativas durante seu mandato como deputada entre 2011 e 2014.
Sua substituta, a filósofa Corina Yoris, não conseguiu completar a inscrição da candidatura na plataforma do órgão eleitoral antes do prazo final, que encerrou na segunda-feira (25).

Processo eleitoral

Um total de 13 candidatos, de 37 organizações políticas, competirão nas eleições presidenciais de julho, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Dos postulados, 12 são de partidos opositores. Pelas organizações de esquerda está Maduro, que buscará sua terceira reeleição para o período 2025-2031.
Na opinião do especialista, a participação desse número de candidatos demonstra a pluralidade do processo e a confiança das organizações políticas no sistema eleitoral.
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