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Analista: potencial ataque dos EUA ao Irã desencadearia um efeito 'catastrófico' na economia global

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensO presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre vacinas contra a COVID-19 na Casa Branca, em Washington, Estados Unidos, 24 de setembro de 2021
O presidente dos EUA, Joe Biden, fala sobre vacinas contra a COVID-19 na Casa Branca, em Washington, Estados Unidos, 24 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.01.2024
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Depois de um ataque de drones a uma base dos EUA na Jordânia — fronteira com a Síria — ter resultado na morte de três militares dos EUA, o presidente Joe Biden, e autoridades do país prometeram uma resposta. Seus comentários levaram à suspeita de que os EUA podem atingir alvos no Irã, que há muito é um objetivo dos neoconservadores em Washington.
Um ataque ao Irã seria "catastrófico para a economia global", disse Mohammad Marandi, professor de literatura inglesa e orientalismo na Universidade de Teerã, à Sputnik na terça-feira (30).
"Isso faria com que os preços do petróleo disparassem", explicou Marandi. "Seria definitivamente catastrófico para a economia global."
Marandi acredita que essa possibilidade vai impedir os EUA de atacar diretamente o Irã e, em vez disso, continuará os seus ataques à Síria e ao Iraque, qualificando os seus comentários ao admitir que "poderia estar errado".
Referindo-se ao recente ataque à guarnição dos EUA em Al-Tanf, que matou três soldados norte-americanos, Marandi disse que a confusão sobre se a base está localizada na Síria ou na Jordânia não importa realmente porque a própria confusão "basicamente" mostra que os EUA estão "realizando atividades na Síria".
As autoridades norte-americanas insistiram que o ataque ocorreu na Torre 22, um pequeno posto avançado dos EUA na Jordânia, ali colocado com a cooperação do governo jordaniano. No entanto, o porta-voz da Jordânia, Muhannad al-Mubaidin, disse à imprensa local que o ataque teve como alvo a base de Al-Tanf, que o governo sírio descreve como uma ocupação ilegal e é usada para treinar forças de milícias antigovernamentais.
Os ataques às forças dos EUA provavelmente vão continuar, afirmou Marandi, porque os EUA são vistos como coniventes com Israel em sua guerra contra Gaza.
"Os norte-americanos e os europeus estão apoiando financeiramente Israel, estão enviando armas para Israel e estão transportando água para Israel. Eles também estão, agora, impedindo que a ajuda chegue a Gaza, e os norte-americanos estão atacando as forças que tentam impedir o genocídio", disse Marandi.
Comboio militar dos EUA passa perto da cidade de Qamishli, norte da Síria (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 30.01.2024
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A liderança nos EUA está tomando decisões que prejudicam os seus interesses porque "tendem a acreditar na sua própria propaganda", disse Marandi, "e depois calculam com base nessa propaganda e [...] erro de cálculo".
"O dano que os Estados Unidos causaram a si próprios, ao apoiarem o genocídio, ao apoiarem estes massacres de hora em hora e o extermínio do povo palestino em Gaza, não é algo que possamos calcular", explicou Marandi. "Os Estados Unidos demoliram a sua credibilidade em todos os sentidos."
Isso inclui, explica Marandi, os líderes dos Estados Unidos que são ostensivamente liberais. "É muito triste para mim dizer: os liberais no Ocidente são totalmente racistas, totalmente racistas, e o liberalismo só conta dentro das fronteiras dos Estados Unidos. Mas fora das fronteiras dos Estados Unidos, eles são tão medievais quanto possível."
Marandi disse não acreditar que Israel vá sobreviver ao conflito atual. "Acho que entrará em colapso tal como entrou em colapso o apartheid na África do Sul. É um projeto colonial. É um regime de apartheid que foi imposto à população indígena da região e não vai durar", explicou, observando anteriormente que os EUA também estão "em declínio neste momento".
"Temos falado tanto sobre [as ações de Israel em Gaza] nos últimos três meses que parece que estamos falando sobre o McDonald's ou algo assim. São crianças sendo mortas de manhã a noite, todos os dias enquanto falamos. Isto é completamente imperdoável. Mas esta é a realidade que vivemos hoje."
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