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Corrupção na Ucrânia: prefeito é detido enquanto recebia propina

© AP Photo / Efrem LukatskyAgentes do Serviço de Segurança da Ucrânia durante invasão à sede da empresa de gás natural do país, Naftogaz, em Kiev, em operação relacionada a desvio de verba. Ucrânia, 4 de março de 2009
Agentes do Serviço de Segurança da Ucrânia durante invasão à sede da empresa de gás natural do país, Naftogaz, em Kiev, em operação relacionada a desvio de verba. Ucrânia, 4 de março de 2009 - Sputnik Brasil, 1920, 02.10.2023
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Prefeito de Sumy foi detido quando recebia propina cobrada de empresa de coleta de lixo da cidade. Caso se soma a outros escândalos de corrupção nas diversas esferas do governo ucraniano.
O prefeito da cidade ucraniana de Sumy, Aleksandr Lysenko, e o diretor do departamento de infraestrutura da cidade, Aleksandr Zhurba, foram presos nesta segunda-feira (2), no momento que recebiam uma propina no valor de 1,4 milhão de grívnias (cerca de R$ 192 mil) de uma empresa responsável pela coleta de lixo na cidade.
Segundo informou o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla ucraniana), o montante era a última parcela de um total de 2,13 milhões de grívnias (cerca de R$ 293 mil) exigidos pela dupla para autorizar a empresa a prestar o serviço. Se condenados, ambos podem receber uma sentença de até oito anos de prisão, além do confisco de bens.
O caso é mais um envolvendo corrupção em diversas esferas do governo ucraniano. A maior parte da população culpa o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pelo avanço da corrupção no governo. Em setembro, em uma pesquisa conduzida pela Fundação de Iniciativas Democráticas Ilko Kucheriv, 78% dos entrevistados afirmaram considerar que Zelensky é responsável direto pela corrupção no país.
A corrupção na Ucrânia é alvo de preocupação nos Estados Unidos, um dos maiores financiadores do regime de Kiev no conflito com a Rússia. Para o Departamento de Estado dos EUA, a corrupção das autoridades ucranianas coloca em risco a eficácia da assistência prestada pelo Ocidente.
O presidente dos EUA, Joe Biden, à esquerda, faz uma declaração enquanto o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o ouve  - Sputnik Brasil, 1920, 19.09.2023
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Mesmo ucranianos entendendo que corrupção pode matar, a paciência do Ocidente é curta, diz mídia
Zelensky vem tentando desassociar seu governo dos escândalos de corrupção. Dias antes de viajar para os EUA, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, ele demitiu o alto escalão do Ministério da Defesa ucraniano, alvo de escândalos envolvendo superfturamento, na tentativa de demonstrar às autoridades americanas e a outros líderes ocidentais que seu governo não está desperdiçando, seja por meio de corrupção ou má gestão, os bilhões de dólares enviados ao regime de Kiev por Washington e aliados europeus.
Os esforços, no entanto, não convenceram Washington. Nesta segunda-feira, o parlamentar ucraniano Yaroslav Zheleznyak informou que seu país recebeu um "cartão amarelo" dos Estados Unidos devido aos escândalos de corrupção.
"A principal queixa contra nós é a corrupção. Devemos passar estes 45 dias sem um único grande escândalo de corrupção. Pelo que sei, foi exatamente isso que os nossos representantes ouviram quando visitaram [os EUA]", disse Zheleznyak.
O prazo de 45 dias citado por Zheleznyak é o tempo que o Congresso americano levará para discutir uma nova proposta orçamentária. A proposta deve substituir o orçamento temporário que foi aprovado pelo Parlamento no último fim de semana, para evitar a paralisação do governo. O orçamento temporário não inclui ajuda à Ucrânia, uma vez que aumentou a parcela de parlamentares americanos críticos ao que consideram financiamento indefinido de Kiev.
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