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EUA querem 'alternativa provisória' para rotas de exportação de grãos da Ucrânia, diz mídia

© AFP 2023 / Ozan KoseO cargueiro Super Bayern (C), transportando grãos ucranianos, navega na entrada do Bósforo, no mar Negro, na costa de Kumkoy, ao norte de Istambul, em 2 de novembro de 2022
O cargueiro Super Bayern (C), transportando grãos ucranianos, navega na entrada do Bósforo, no mar Negro, na costa de Kumkoy, ao norte de Istambul, em 2 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.08.2023
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As discussões com a Turquia, Ucrânia e outros Estados têm se concentrado em canais alternativos para as próximas colheitas depois da saída de Moscou do acordo.
Segundo o The Wall Street Journal (WSJ), os EUA estão conversando com a Turquia, a Ucrânia e os vizinhos de Kiev para aumentar o uso de rotas alternativas de exportação de grãos ucranianos, depois que a Rússia se retirou do acordo de grãos pelo não cumprimento dos requisitos para sua permanência.
O plano apoiado pelos EUA envolve aumentar a capacidade da Ucrânia para exportar quatro milhões de toneladas de grãos por mês através do rio Danúbio até outubro. Grande parte dos grãos seria enviada rio abaixo e através do mar Negro para portos próximos na Romênia e enviado para outros destinos. Embora mais lenta e cara, a rota funcionaria como uma alternativa ao corredor humanitário do mar Negro estabelecido no ano passado.
Ainda para a mídia, o planejamento ocidental de alternativas à Iniciativa de Grãos do Mar Negro mostra como os EUA, a Ucrânia e os países europeus estão se preparando para um cenário em que a Rússia não retorne ao acordo a tempo de mudar as colheitas de verão e outono (no Hemisfério Norte) da Ucrânia.
O acordo de grãos é visto como um elemento crítico para manter baixos os preços globais dos alimentos, já que a Ucrânia é um dos principais exportadores de trigo, milho e óleo de girassol do mundo. Mas, segundo os termos do acordo, o Ocidente deveria facilitar e suspender sanções para que os produtos russos — incluindo fertilizantes — pudessem circular igualmente, o que, segundo o Kremlin, na prática, não ocorreu, forçando Moscou a se retirar do esforço humanitário.
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O esforço para aumentar a capacidade de exportação da Ucrânia via Danúbio ocorre em paralelo aos esforços da Turquia e da ONU para persuadir a Rússia a voltar ao acordo de grãos antes que os grãos ucranianos colhidos comecem a se acumular no início de setembro, disseram diplomatas ao WSJ.
Os planos dos EUA vão se basear em parte em uma iniciativa da União Europeia (UE) para estabelecer rotas rodoviárias, ferroviárias e marítimas conhecidas como "pistas de solidariedade" para trazer grãos e outras cargas para dentro e fora da Ucrânia da maneira mais tranquila possível.
Segundo a mídia, desde maio de 2022, as rotas pela Moldávia, por exemplo, permitiram a exportação de 41 milhões de toneladas de grãos da Ucrânia, significativamente mais do que a Iniciativa de Grãos do Mar Negro alcançou.
Funcionários da UE dizem em particular que acreditam que o bloco pode permitir que a Ucrânia exporte de 5 milhões a 5,5 milhões de toneladas de grãos em média por mês se tudo correr bem. O máximo alcançado pelas rotas da UE até agora foi de 4,2 milhões de toneladas de exportação de grãos ucranianos em novembro. Em junho, a Ucrânia exportou 3 milhões de toneladas por meio da iniciativa da UE. A rota do Danúbio leva a maior parte dessas exportações, cerca de 60%, disseram autoridades da UE. A Iniciativa de Grãos do Mar Negro, em seu auge, permitiu que a Ucrânia exportasse cerca de 6 milhões de toneladas por mês de três portos ao redor de Odessa no ano passado.
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Autoridades dos EUA dizem que estão discutindo a melhoria da eficiência da rota do Danúbio para permitir navios maiores, abrindo espaço para estacionamento e aumentando o número de pilotos disponíveis para mover navios por um canal importante, mas os esforços "não substituirão os portos do mar Negro, em primeiro lugar Odessa, e por isso não são uma solução; é realmente uma alternativa provisória", disse a administradora assistente do Escritório para Europa e Eurásia da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), Erin Elizabeth McKee, em um briefing este mês.
Desde o fim da iniciativa de grãos, o enfrentamento no mar Negro se intensificou com ataques de ambos os lados. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a Ucrânia vem usando grãos para proteger armas ocidentais que chegam pelos portos ucranianos em navios graneleiros, o que supostamente poderia ser uma forma de pagamento pelos grãos escoados para países europeus.
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