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Lançamento de satélite da China causa distúrbio político pré-eleitoral em Taiwan, diz mídia

Taipé não considera o lançamento de um foguete chinês transportando um satélite sobre a parte sul da ilha autônoma como uma tentativa de interferir nas próximas eleições presidenciais, disse Lin Yu-chan, porta-voz do gabinete presidencial de Taiwan, nesta quarta-feira (10).
Sputnik
Na terça-feira (9), a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China disse que lançou com sucesso a sonda Einstein em órbita usando o foguete transportador Longa Marcha 2C para observar fenômenos espaciais pouco estudados. O lançamento ocorreu no Centro de Lançamento de Xichang, na província de Sichuan, no sudoeste. O Ministério da Defesa de Taiwan disse que o foguete transportador da China deixou a atmosfera enquanto sobrevoava o sul da ilha.
De acordo com a Reuters, o governo chegou a emitir um alerta de ataque aéreo equivocado depois que o foguete chinês que transportava um satélite científico sobrevoou o sul de Taiwan a uma altitude de mais de 500 km. Mais tarde, o Ministério da Defesa pediu desculpas pela tradução errada em inglês, que usava a palavra "míssil".
"Depois que uma equipe de segurança analisou as informações relevantes, e também levando em conta a avaliação de inteligência de vários partidos amigos, as intenções políticas [do lançamento] podem ser descartadas", disse Lin em um comunicado respondendo a perguntas da mídia sobre se o voo do foguete da China sobre Taiwan pode ser considerado uma tentativa de interferir nas eleições.
Taiwan vai realizar as eleições presidenciais no próximo sábado (13). A atual líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, não é mais elegível para a reeleição, pois já cumpriu dois mandatos consecutivos.
Taiwan é governada de forma independente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como a sua província, enquanto Taiwan – um território com o seu próprio governo eleito – afirma que é um país autônomo, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a quaisquer contatos oficiais de Estados estrangeiros com Taipé e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.
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