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Decisões ruins: Biden reabastece reserva estratégica de petróleo repassando custo aos contribuintes

A equipe Biden está fazendo o controle de danos antes das eleições, reabastecendo às pressas a Reserva Estratégica de Petróleo. Infelizmente, isso tem um custo para os contribuintes norte-americanos, uma vez que a administração está comprando petróleo duas vezes mais que a média histórica, de acordo com a mídia.
Sputnik
De acordo com o Just the News, o Departamento de Energia dos EUA (DOE) está comprando atualmente três milhões de barris por mês para reabastecer a Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) do país, após a liberação de mais de 225 milhões de barris de petróleo por Joe Biden entre março de 2022 e agosto de 2023, reduzindo os níveis da reserva para o nível mais baixo em 40 anos.
O presidente da Associação de Petróleo e Gás dos EUA, Tim Stewart, alega que a equipe Biden está fazendo nada menos que o controle de danos antes das eleições de 2024, uma vez que a esgotada SPR do país se tornou recentemente uma preocupação da população.
"Antes de 2022, a pessoa média não sabia nada sobre a SPR. Isso mudou completamente. Quando a adorável senhora de cabelo azul de 75 anos da igreja reclama comigo sobre como Biden esgotou a SPR — eles devem ter chamado a atenção da população", disse Stewart ao Just the News, um meio de comunicação independente dos EUA fundado pelo premiado jornalista investigativo John Solomon.
Aparentemente, a administração Biden teria comprado "barris de recarga" a um ritmo maior, mas enfrenta limites quanto à quantidade de crude que pode ser canalizada para a reserva por mês. Isso significa que serão necessários impressionantes 75 meses para trazer a SPR de volta ao nível em que estava antes do presidente dos EUA, Joe Biden, começar a esvaziá-la.
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Para adoçar a pílula, a administração dos EUA afirma triunfantemente que está a comprar petróleo para a reserva estratégica a um preço médio de US$ 77,31 (R$ 378,17) por barril, o que é consideravelmente inferior à média de US$ 95 (R$ 465,05) por barril em 2022.
Segundo Stewart, não é de forma alguma "um bom negócio para os contribuintes americanos": deve-se ter em mente que o preço médio pago por barril na SPR tem sido de US$ 29,70 (R$ 145,39) por barril, salientou o especialista.
Para o especialista, parece que a administração Biden é guiada pelos seus próprios interesses políticos e não pelos da nação. A drenagem da SPR começou na primavera (Hemisfério Norte) de 2022, antes das eleições de meio de mandato. Na época, os preços da gasolina subiram e os eleitores norte-americanos não ficaram satisfeitos com isso.
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Agora, a equipe do presidente norte-americano está comprando petróleo ao dobro da média histórica para reabastecer a SPR antes das eleições presidenciais de 2024, em uma tentativa de parecer bem aos olhos dos eleitores dos EUA. O cerne da questão é que a administração dos EUA e o Partido Democrata em geral poderiam ter evitado esta situação complicada antes das eleições se tivessem dado luz verde à iniciativa de Donald Trump de preencher a SPR no momento em que os preços do petróleo estavam extremamente baixos, disse Stewart.
Em 2020, no meio da pandemia de COVID-19, o então presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu comprar petróleo para a reserva estratégica quando os preços do petróleo West Texas Intermediate (WTI) estavam abaixo dos US$ 25 (R$ 122,34) por barril. Trump solicitou US$ 3 bilhões (cerca de R$ 14,7 bilhões) ao Congresso dos EUA para aproveitar a oportunidade lucrativa, mas os legisladores democratas cortaram o esforço do presidente pela raiz. De acordo com o Just the News, os legisladores democratas se gabaram na altura de terem "eliminado um resgate de 3 bilhões de dólares para as grandes empresas petrolíferas".
"Eles poderiam ter obtido várias centenas de milhões de barris a US$ 15 [R$ 73,42], mas como era isso que o presidente Trump queria, o Congresso disse não", disse Stewart ao meio de comunicação.
Os erros da administração Biden não passaram despercebidos ao público norte-americano. Uma nova pesquisa Gallup mostra que nenhum dos principais funcionários do governo federal dos EUA tem um índice de aprovação profissional acima de 50%. Quando se trata do presidente Joe Biden, ele encerrou 2023 com "um índice de aprovação profissional persistentemente baixo de 39%", de acordo com a pesquisa.
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