Panorama internacional

Caminhoneiros voltam a bloquear fronteira entre Polônia e Ucrânia mesmo com proibição de protestos

Apesar de o governo ter proibido novos bloqueios no posto de controle da fronteira entre a Polônia e a Ucrânia, manifestantes ligados às transportadoras polonesas voltaram a impedir a passagem de veículos pela região nesta segunda-feira (11). A informação foi confirmada à Sputnik pelo político Rafal Meckler, uma das lideranças do movimento.
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Durante a manhã, o ministro da Infraestrutura da Ucrânia, Aleksandr Kubrakov, chegou a confirmar o fim dos bloqueios na fronteira, porém os manifestantes retornaram ao posto de controle na sequência sob a justificativa de que um dos caminhões havia quebrado no local.
"Mais e mais manifestantes estão vindo para Dorohusk [cidade polonesa fronteiriça]. Será uma longa noite", disse Rafal Meckler nas redes sociais. Também foram compartilhadas imagens que mostram outro trecho da estrada bloqueado por um trailer. "Ele quebrou bem no meio da estrada", acrescentou.
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Fila de caminhões chegou a 50 km

Há pelo menos um mês, caminhoneiros e agricultores poloneses realizam protestos na fronteira com a Ucrânia e também bloqueiam pontos de controle rodoviário. A fila de caminhões no lado da Polônia chegou a alcançar 50 km no momento mais crítico do ato, e cerca de 20 mil veículos estavam parados.
Entre as exigências dos manifestantes estão a suspensão de licenças para o transporte internacional entre a Ucrânia e a União Europeia (UE) no país, o que tem prejudicado comerciantes poloneses.
A Associação Internacional de Transportes da Ucrânia informou que os poloneses são contrários à concorrência que foi criada no país por conta da liberação da passagem dos veículos com produtos ucranianos.
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Em 15 de setembro, a Comissão Europeia decidiu não estender as restrições à importação de quatro tipos de produtos agrícolas ucranianos a vários países fronteiriços, mas obrigou Kiev a introduzir medidas de controle das exportações. Depois disso, autoridades de Eslováquia, Hungria e Polônia anunciaram que iriam prorrogar a proibição unilateralmente.
Já a Ucrânia apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC). Como resposta, os três países da UE anunciaram que iriam boicotar as reuniões da plataforma de coordenação sobre os cereais ucranianos.
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