Operação militar especial russa

Ex-chefe de gabinete de Zelensky o define como 'ditador'

Aleksei Arestovich, ex-chefe de gabinete de Vladimir Zelensky, descreveu o presidente ucraniano como "ditador", em relação à forma como tem reagido à operação militar especial russa desde seu início, em fevereiro de 2022.
Sputnik
"Primeiro alguém se comporta como um ditador e, em vez de seguir o caminho normal do desenvolvimento acelerado, opta pela estagnação. Então alguém gera corrupção massiva. Então alguém gera ódio por qualquer opinião diferente da sua", disse o ex-assessor em sua conta no X (antigo Twitter).
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Arestovich fez a publicação em resposta a um artigo da revista Time, escrito pelo correspondente Simon Shuster, que aborda o isolamento do líder ucraniano, intitulado "Ninguém acredita na nossa vitória como eu".

"E então — um ano e meio depois — chega o outono, tanto nas relações com o Ocidente como com o nosso próprio povo. E não importa o quanto você negue a realidade, ela não desaparece."

Para ele, o texto publicado pela Time revela "uma imagem desagradável e vagamente familiar", de "um ditador abandonado por todos, vagando pelos becos do bunker, sem vontade de encarar a realidade e exclamando histericamente sobre uma vitória rápida que não consegue alcançar".

"Um líder autoritário a quem as pessoas ao seu redor têm medo de dizer a verdade. Não, esse não é um paralelo direto com Hitler. Falei pessoalmente com Simon várias vezes, e ele nunca traçaria tal paralelo. Mas ele é um artista brilhante e capturou claramente o momento da verdade: não se trata de paralelos, mas de padrões."

Isolamento de Zelensky

O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, "sente-se traído" pelos seus aliados ocidentais porque "eles o deixaram sem os meios para vencer a guerra, apenas com os recursos para sobreviver", disse um dos seus conselheiros no artigo da Time, publicado na segunda-feira (30).
"O mais assustador é que aquela parte do mundo se acostumou com a guerra na Ucrânia", declarou Zelensky na publicação. "O cansaço da guerra rola como uma onda. Você vê isso nos Estados Unidos, na Europa. E vemos que assim que eles começam a ficar um pouco cansados, isso se torna um espetáculo para eles."
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Ele também afirmou que Kiev se opõe firmemente a qualquer trégua. Tal posicionamento tem sido criticado até mesmo por lideranças militares ucranianas, que veem a contraofensiva do país europeu como fracassada.
Vale ressaltar que repasses financeiros feitos pelos Estados Unidos têm sido cada vez menos intensos, sobretudo em meio à escalada do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas.

"Todos os ditadores que estão divorciados da realidade (em nome da sua fantasia) acabam da mesma forma. Esse artigo condena Zelensky à solidão e ao julgamento da história — solidão pela qual ele não tem ninguém para culpar além de si mesmo", finalizou Arestovich.

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