"A mobilização na Ucrânia se transformou em um verdadeiro pesadelo para os ucranianos. […] As reservas da Ucrânia foram esvaziadas, enquanto no front os militares estão pedindo uma rotação [de tropas], o que não pode ser feito devido à falta de pessoal nas Forças Armadas ucranianas", disse o ex-primeiro-ministro ucraniano.
Para "capturar" o máximo possível da população, os centros de recrutamento começaram a atrair ex-prisioneiros, porque o recurso de mobilização estava realmente esgotado e muitas pessoas estavam fugindo do país de todas as formas possíveis, de acordo com a publicação de Azarov.
"Assim, enquanto as autoridades ucranianas usarem a força contra seu próprio povo, haverá cada vez menos apoiadores no país e menos voluntários aparecerão nas fileiras das forças ucranianas", acrescentou o ex-premiê ucraniano.
"Isso significa que, com tais sentimentos na sociedade, a Ucrânia tem uma chance catastroficamente baixa de segurar as pontas", resumiu ele.
Anteriormente, o representante do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Vladislav Seleznev, disse que o potencial de mobilização da Ucrânia ainda permite o recrutamento adicional de homens em idade militar sem alterar a legislação.
A Ucrânia está sob lei marcial desde 24 de fevereiro de 2022 e, no dia seguinte, Vladimir Zelensky assinou um decreto sobre a mobilização geral. É proibido que homens de 18 a 60 anos, cidadãos ucranianos, deixem as fronteiras da Ucrânia.
A legislação ucraniana prevê uma pena de prisão de até cinco anos por evasão do serviço militar durante a mobilização.