Panorama internacional

Lavrov: ataque a hospital em Gaza não poderia ter passado despercebido por Washington

O bombardeio no Hospital Batista al-Ahli, em Gaza, que matou cerca de 500 pessoas e deixou centenas de feridos nesta terça-feira (17), certamente foi capturado pelos satélites norte-americanos que monitoram essa região do Oriente Médio, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta sexta-feira (20), à emissora Rússia 1.
Sputnik
"Um ataque como esse não poderia ter passado despercebido por Washington", disse o ministro, ao destacar que uma ação de boa vontade por parte dos EUA poderia tornar o mundo um lugar "mais tranquilo", já que o país monitora essa área com seus satélites e poderiam publicar imagens tiradas durante o ataque.
A tragédia resultou em acusações mútuas entre grupos de militantes palestinos e o Exército israelense pelo incidente.
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Lavrov também criticou oficiais norte-americanos de desviarem a atenção da tragédia em gaza para "boatos" a respeito de transações comerciais entre Moscou e Pyongyang envolvendo armamentos.
No início desta semana, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, alegou que a Coreia do Norte havia enviado contêineres de "equipamento e munições" para a Rússia entre setembro e outubro.
Um think tank com sede em Londres, o Royal United Services Institute (RUSI), publicou imagens de satélite que alegadamente comprovam que a Rússia recebeu munições da Coreia do Norte. De acordo com o RUSI, as fotos foram tiradas pela empresa privada com sede nos EUA, Planet Labs, que possui uma frota de satélites com telescópios e câmeras poderosas.
A mesma empresa capturou imagens de equipamentos pesados israelenses implantados na fronteira norte de Gaza, conforme relataram várias mídias ao longo desta semana. A Associated Press (AP) informou mais cedo que outra empresa com base nos EUA, a Maxar Technologies, havia tirado imagens de satélite dos efeitos dos ataques israelenses em Gaza.
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De acordo com a agência de notícias iraniana Tasnim, os Estados Unidos e a França estavam auxiliando as Forças Armadas de Israel, fornecendo imagens capturadas por 27 satélites que monitoram Gaza desde as fases iniciais da operação de Jerusalém Ocidental contra o grupo Hamas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) negaram veementemente a responsabilidade, alegando que o ataque foi resultado de um foguete lançado sem sucesso pelo Jihad Islâmico. Washington apoiou Jerusalém Ocidental ao também culpar os militantes palestinos.
A Rússia exigiu uma investigação minuciosa e imparcial do assunto que responsabilize todos os envolvidos perante a justiça.
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