Operação militar especial russa

Brigada ucraniana 'poderosa' perde veículos de desminagem fabricados nos EUA, diz mídia

A blindagem dos veículos do tipo Stryker pode não ser adequada em um ambiente de combate, sugere a mídia norte-americana.
Sputnik
Uma brigada ucraniana, que a revista Forbes descreveu como a "unidade mais poderosa" de Kiev nas linhas de frente, perdeu 10% dos seus valiosos veículos de remoção de minas em apenas uma semana desde que se juntou à ofensiva contra as linhas de defesa russas, informou a mídia.
A 82ª Brigada de Assalto Aéreo, composta por 2.000 soldados, armada com 14 tanques Challenger 2 de fabricação britânica, 40 veículos de combate de infantaria Marder de fabricação alemã e 90 veículos de combate de infantaria Stryker com rodas, foi mantida na reserva até a semana passada. Desde então, ela "descartou" pelo menos dois de seus cerca de 20 veículos do Esquadrão de Engenheiros M1132, informou a Forbes na terça-feira (22).
O M1132 é uma variante do veículo Stryker, equipado com rolos de minas e destinado a abrir caminho através de um campo minado para o avanço das forças. A perda não foi surpreendente, sugeriu o relatório, considerando o papel da blindagem e a sua proteção relativamente fraca.
Normalmente, os veículos que abrem os campos minados têm o chassi de um tanque. O M1132, embora mais adequado para transporte aéreo, é vulnerável ao fogo inimigo e deve ser idealmente usado em ataques surpresa onde há pouca resistência, explicou o escritor da Forbes David Axe.
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O relato é baseado em imagens dos veículos destruídos que circulam on-line. A publicação observou que não estava claro como exatamente eles foram neutralizados ou se suas tripulações sobreviveram. A "boa notícia", observou Axe, é que o Exército dos EUA "tem centenas de Stryker adicionais armazenados" e pode fornecer mais à Ucrânia.
A 82ª Brigada foi destacada para a linha da frente na contestada região de Zaporozhie e está envolvida no avanço da Ucrânia em direção ao povoado de Rabotino, que ultimamente tem assistido a intensos combates.
Kiev repreendeu a cobertura midiática da manobra. A vice-ministra da Defesa, Anna Malyar, declarou ainda na segunda-feira (21) que "o preço das manchetes" de tais artigos publicados era "cinco ataques aéreos por dia" contra a brigada. Ela também ameaçou com processo criminal por divulgar informações sobre movimentos de tropas ucranianas.
O funcionário russo que atua como chefe interino da região, Yevgeny Balitsky, informou na terça-feira (22) que, em dez dias, Kiev perdeu cerca de 1.500 soldados e "incontáveis veículos militares" na área.
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