Panorama internacional

Após se responsabilizar pela morte de Villavicencio, facção criminosa do Equador vira narrativa

Na quarta-feira (9), no mesmo dia em que ocorreu o assassinato do político equatoriano, o Los Lobos tinha proclamado em uma mensagem que os "políticos corruptos" seguiriam sofrendo ataques.
Sputnik
O grupo criminoso Los Lobos negou a responsabilidade perante o assassinato recente de um candidato presidencial do Equador, apesar de ele a ter assumido no final de quarta-feira (9).
Anteriormente nesse dia, Fernando Villavicencio, um político equatoriano que concorria à presidência do país sul-americano, foi baleado na cabeça após um comício de campanha em Quito. O assassino também atirou uma granada na vítima, mas ela não detonou.
Após ser levado ao hospital, Villavicencio foi declarado morto. O ataque também feriu nove outras pessoas no local. Houve também um tiroteio entre a gangue e a polícia, que matou um dos suspeitos. Seis suspeitos foram presos.
O mais recente comunicado, emitido na quinta-feira (10) à noite pela facção, pede para que o público "não seja enganado".
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Facção criminosa assume assassinato de candidato no Equador e ameaça outro presidenciável (VÍDEO)
"Somos o Los Lobos. Não tapamos a cara, ninguém fala por nós e cumprimos com a paz. Esclarecemos e repudiamos o assassinato do candidato presidencial, senhor Fernando Villavicencio. E deixamos claro que nunca assassinamos pessoas do governo ou civis", afirma um dos membros da quadrilha.
"Esclarecemos que é totalmente falso o vídeo que circula nas redes sociais em que um grupo de pessoas aparece com o rosto coberto, com fuzis e se passando por integrantes de nossa organização. Queremos que todo o país saiba: nenhuma dessas pessoas pertence ao Los Lobos", finaliza a mensagem.
Na mensagem de quarta-feira (9), um grupo de homens que falou em nome do Los Lobos atacou "políticos corruptos" por "não cumprirem suas promessas antes estabelecidas, quando receberam nosso dinheiro – que são milhões de dólares".
Segundo o observatório InSight Crime, Los Lobos são o segundo maior grupo criminoso do Equador, e mais de 8.000 membros estão espalhados nas prisões do país.
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