Panorama internacional

Banco do BRICS ganha classificação superior a dos 4 maiores dos EUA em ranking de risco

Avaliação AA+ para o banco do grupo que congrega Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul supera as de Goldman Sachs, JP Morgan Chase, Citibank e Bank of America.
Sputnik
Pelo 6º ano consecutivo, o Banco do BRICS foi classificado com risco AA+ para operações de longo prazo pela agência S&P em um relatório divulgado nesta segunda-feira (27), dissipando uma possível influência da operação militar da Rússia na Ucrânia sobre a nota.
A avaliação superou os quatro maiores bancos dos EUA: Goldman Sachs (com BBB+), JP Morgan Chase (com A-), Citibank (A+) e Bank of America (A-).
O Banco do BRICS obteve classificação acima das concedidas a empresas como Amazon (AA), IBM (A-) e Tesla (BBB).
Já a Apple se igualou à avaliação do Banco do BRICS, obtendo AA+ em sua medição.
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A instituição, que leva o nome oficial de NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla em inglês) foi fundada em 2015 pelos cinco países do grupo como sócios.
Outros quatro países se associaram à iniciativa: Uruguai, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bangladesh. Os dois últimos já fizeram aportes ao banco, segundo informações do relatório.
No documento, a S&P deu justificativas para a avaliação.

"A estabilidade de classificação no risco de longo prazo reflete a nossa visão de que o NDB vai se estabelecer como um importante ator no financiamento de infraestrutura de seus países-membros, reforçado pelo seu perfil financeiro extremamente sólido", diz o texto. "O NDB está navegando de maneira hábil pelos desafios de ter a Rússia como um dos países donos do banco em meio à conjuntura da guerra contra a Ucrânia. (...) Nós acreditamos que ampliar o número de associados do NDB resultará num crescimento do seu papel e relevância ao longo do tempo."

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Desde a sua criação, cada um dos países sócios já fez um aporte de US$ 2 bilhões (R$ 10,4 bilhões) para os cofres da instituição.
A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser a nova presidente do Banco do BRICS.
O Brasil já tem sinal verde dos outros países-membros do BRICS para nomeação de Dilma Rousseff.
A intenção é que Dilma esteja como chefe do banco quando o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, visitar a China em março. Assumindo a chefia do bloco, a ex-presidente vai morar em Xangai.
O Banco do BRICS foi fundando justamente durante o segundo mandato de Dilma (2014-2016).
Em 15 de julho de 2014, durante a 6ª cúpula do BRICS realizada em Fortaleza (CE) os presidentes dos Estados-membros do bloco assinaram um acordo oficializando a criação do banco, cujo principal objetivo é o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países pobres e emergentes.
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