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Especialista explica à Sputnik qual a posição da Jordânia no conflito entre Israel e Irã

CC BY 2.0 / Vyacheslav Argenberg / Bandeira da Jordânia (foto de arquivo)
Bandeira da Jordânia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 16.04.2024
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Estados Unidos, Reino Unido e França ajudaram Israel a tentar neutralizar o ataque de mísseis e drones do Irã feito no último sábado (13). A Jordânia, que havia pedido aos iranianos para se conterem, também ajudou a abater drones de Teerã. Ainda assim, o país árabe segue sem definir um posicionamento sobre o conflito.
À Sputnik, o pesquisador de Oriente Médio Ayat Youssef citou as palavras do ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman al-Safadi, que disse que não permitiria que o povo jordaniano fosse arrastado para o conflito entre Tel Aviv e Teerã.
Segundo o ministro, o problema do Irã é com Israel, não com a Jordânia. Nem o governo iraniano nem ninguém pode competir com o seu país em termos de ajuda e apoio à Palestina, dizendo que os jordanianos "derramaram sangue" pelos palestinos.
Ayman informou que a Jordânia faria todos os esforços para ajudar a acabar com o conflito Palestina-Israel de forma pacífica e ressaltou apoio à Palestina.
Youssef entende que o ministro jordaniano tenta ter uma posição moderada, sem apoiar Israel ou o Irã.
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Dessa forma, poderia ajudar os israelenses na localização de mísseis iranianos, sob o pretexto de que tudo o que entra nos céus do país viola o espaço aéreo da Jordânia e é considerado um perigo.
Por outro lado, o pesquisador entende que Amã considera a operação do Irã como um ataque retaliatório ao recente ataque do Estado judaico ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, repetindo as mesmas posições oficiais das autoridades iranianas, sublinhando que Teerã respondeu apenas quando o consulado daquele país foi alvo.
O próprio Ayman al-Safadi disse, em entrevista à CNN, que os iranianos fizeram "o que tinham de fazer e nada mais", o que impediria o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de ampliar os confrontos.
Ele também afirmou que após o ataque aéreo do Irã, a atenção de muitos meios de comunicação foi atraída para a ação da Jordânia que, embora tenha tido uma posição dura em relação a Israel durante todo o período dos ataques de Israel a Gaza, e sempre apoiou a Palestina, ainda assim interceptou mísseis iranianos.
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Ayat Youssef disse que é possível que a Jordânia tenha sido forçada a tomar essas ações sob pressão do Ocidente, pois o presidente francês, Emmanuel Macron, disse em discurso que possui uma base aérea em território jordaniano "para ajudar a combater o terrorismo, e porque esses ataques violaram o espaço aéreo da Jordânia".
Outra hipótese de que Amã tenha tomado essa decisão para moderar as relações tensas entre o país e Israel, especialmente após o episódio de 7 de outubro.
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