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Especialista alerta para nova desvalorização do dólar paralelo na Argentina, agravando a crise

© AP Photo / Natacha PisarenkoJavier Milei, presidente da Argentina, deixa o Museu do Holocausto após participar de evento que marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto em Buenos Aires, Argentina, 26 de janeiro de 2024
Javier Milei, presidente da Argentina, deixa o Museu do Holocausto após participar de evento que marca o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto em Buenos Aires, Argentina, 26 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 04.03.2024
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O dólar paralelo, também conhecido como dólar azul, inverteu a tendência de alta na Argentina e, no mês de fevereiro, registrou uma queda de quase 14%.
Em entrevista à Sputnik, o economista Martín Kalos explicou que muitas famílias precisaram vender dólares "para fazer frente às despesas ou pagar as férias", mas alertou para uma possível nova desvalorização entre março e abril.
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Ao contrário da alta que vinha apresentando até janeiro, o valor do dólar começou a cair durante o mês de fevereiro no mercado paralelo da Argentina. De fato, a moeda teve uma queda de 13,8% no segundo mês do ano, totalizando 165 pesos, encerrando o mês acima dos 1.000 pesos.
A mudança de tendência pode parecer surpreendente em um contexto em que a inflação, apesar de apresentar desacelerações nos primeiros meses do ano, atingiu 20,6% em janeiro, segundo dados oficiais, e teria fechado fevereiro entre 15% e 18%, de acordo com consultores privados citados pela mídia argentina.

"O que está acontecendo é que há poucos pesos para demandar dólares e uma redução nos salários reais, o que significa que as famílias que tinham certa capacidade de poupança e demandavam dólares já não possuem essa capacidade, e, portanto, esses dólares não são mais demandados", explicou o economista argentino Martín Kalos à Sputnik.

Na Argentina, as quedas do dólar durante os primeiros meses do ano costumam ser chamadas de "veranito" na taxa de câmbio, pois muitas famílias trocam suas economias de dólares por pesos para financiar as férias, provocando a queda da moeda. Kalos destacou que, nesse contexto, há também famílias que vendem seus dólares "necessários para sobreviver".
Kalos lembrou que muitos dos poupadores que agora estão vendendo seus dólares os adquiriram nos últimos meses de 2023, quando "cresceu a perspectiva de uma desvalorização com a mudança de governo, algo que realmente aconteceu". No entanto, considerou que podem surgir problemas no futuro, uma vez que "há uma taxa de câmbio real que continua a se valorizar".
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Dessa forma, em algum momento, segundo o especialista, o governo argentino terá que intensificar o ritmo de desvalorização da taxa de câmbio oficial para evitar um crescimento excessivo da lacuna.
Quando isso ocorrer, e na medida em que a Argentina persistir em manter restrições à compra de dólares – uma medida conhecida como "ações cambiais" –, os poupadores voltarão a demandar dólares no mercado paralelo, alertou Kalos.

"Entre março e abril, testemunharemos um ponto de virada no qual o governo terá que decidir como dar continuidade à sua política cambial, monetária e financeira. Nesse momento, será necessário avaliar se ocorrerá um aumento gradual da taxa de desvalorização ou se haverá uma desvalorização abrupta", previu o especialista.

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