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Mídia: EUA e Israel acreditam que até 80% dos túneis do Hamas estão intactos após 114 dias de guerra

© AP Photo / Ariel SchalitSoldados israelenses após ataque que localizou uma extensa rede de túneis usada pelo Hamas. Faixa de Gaza, 15 de dezembro de 2023
Soldados israelenses após ataque que localizou uma extensa rede de túneis usada pelo Hamas. Faixa de Gaza, 15 de dezembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.01.2024
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Autoridade israelense estima que só 20%-40% da rede de túneis do Hamas foi danificada ou se encontra fora de serviço após as operações de Tel Aviv.
Após 114 dias de combates, cerca de 80% do sistema de túneis do Hamas sob a Faixa de Gaza ainda pode permanecer intacto, informou o Wall Street Journal (WSJ) neste domingo (28).
Enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) têm se engajado em "combates de alta intensidade" em Khan Yunis, no sul de Gaza, esforços diplomáticos liderados pelos EUA visam desenvolver um plano em duas fases para a libertação de mais de 130 reféns ainda detidos na Faixa pelo grupo palestino, em troca de uma pausa nos combates de até dois meses.
Segundo a apuração do WSJ, autoridades israelenses e norte-americanas afirmaram ser difícil avaliar que parte do labirinto subterrâneo foi destruída pelas tropas de Israel até agora, mas estimou que 20% a 40% dele foi danificado ou inutilizado.
Desde o lançamento de uma ofensiva terrestre na sequência do ataque de 7 de outubro, em que militantes do movimento palestino Hamas mataram cerca de 1.100 pessoas e fizeram cerca de 250 reféns, as forças israelenses têm tentado destruir os túneis, descobrindo cada vez mais a abrangência das forças da organização que governa Gaza.
Alguns dos túneis foram bombardeados, enquanto outros foram inundados. No entanto, o progresso da operação tem sido lento, uma vez que as passagens subterrâneas devem ser mapeadas e verificadas em busca de armadilhas e reféns antes que as forças de Tel Aviv possam destruí-las.
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Acredita-se que o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e outros comandantes estejam escondidos no subsolo. Ainda segundo a mídia, autoridades israelenses afirmaram acreditar que o chefe do grupo em Gaza esteja em um centro de comando em um túnel sob Khan Yunis, junto com alguns dos reféns.
No início deste mês, foi relatado que altos responsáveis da defesa israelense avaliam agora que a rede de túneis do Hamas em Gaza tem entre 360 e 720 quilômetros de comprimento, muito mais longa do que se acreditava anteriormente.
A estimativa divulgada pelo The New York Times é marcadamente superior à avaliação das FDI no mês passado, de que existiam cerca de 400 quilômetros de túneis do Hamas sob a Faixa de Gaza, e um número surpreendente, dado que o enclave tem apenas 140 quilômetros quadrados de tamanho total.
Na maior operação em um mês, as FDI cercaram e avançaram nos últimos dias através de Khan Yunis, onde muitos palestinos tinham se abrigado depois de deixar o Norte de Gaza, o foco inicial da guerra.
Os palestinos, entretanto, têm fugido mais para sul de Khan Yunis em direção a Rafah, perto da fronteira egípcia, onde as Nações Unidas afirmam estar agora a maior parte dos estimados 1,7 milhão de deslocados de Gaza.
Fumaça preta sobe de um ataque aéreo israelense nos arredores de Aita al-Shaab, vila libanesa na fronteira com Israel no sul, em 13 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.01.2024
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Diversas organizações internacionais têm ecoado as preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que emitiu alertas urgentes sobre a calamidade vivida pelos palestinos, chamando a atenção para a condição dramática dos poucos hospitais da região, que mal conseguem funcionar.
O grupo Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que a capacidade cirúrgica no Hospital Nasser em Khan Younis era "virtualmente inexistente".
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino afirmou que o hospital Al-Amal também estava "sob cerco com fortes tiros".
Os militares israelenses acusam o Hamas de operar a partir de túneis sob os hospitais de Gaza e de utilizar as instalações médicas como centros de comando, divulgando imagens dos túneis do Hamas descobertos sob vários hospitais.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que enfrenta uma pressão interna crescente pela forma como lidou com o conflito, redobrou a sua promessa de remover o Hamas de Gaza.
"Se não eliminarmos os terroristas do Hamas [...] o próximo massacre é apenas uma questão de tempo", disse ele em um comunicado televisionado no sábado (27).
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