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Nicolás Maduro presta condolências à Guiana por vítimas de queda de avião que matou 5 pessoas

© Foto / Twitter / @NicolasMaduroNicolás Maduro, presidente da Venezuela
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2023
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lamentou nesta sexta-feira (8) um acidente aéreo ocorrido na Guiana, no qual morreram cinco pessoas, e apresentou suas condolências aos familiares das vítimas. O líder venezuelano também condenou a tentativa de ligar seu país ao incidente.
Na quinta-feira (7), um helicóptero do Exército da Guiana perdeu contato a cerca de 48 quilômetros da fronteira com o território venezuelano.
"Infelizmente houve um acidente de helicóptero, você viu? Imediatamente a mídia da Guiana me acusou de ter derrubado aquele helicóptero, aí o chefe das forças militares de lá saiu e disse que tinha sido um acidente […]. Transmito minhas condolências ao povo da Guiana e às forças militares", disse o presidente, conforme divulgou a rede estatal Venezolana de Televisión.
Sete membros das Forças de Defesa da Guiana viajavam na aeronave, e apenas dois foram resgatados com vida.

O que está acontecendo entre Venezuela e Guiana?

Uma das motivações pelas quais ligaram, inicialmente e sem quaisquer provas, o governo venezuelano ao incidente, é a disputa com o país vizinho pelo território de Essequibo.
Maduro garantiu que durante anos seu país insistiu em encontrar uma solução baseada no diálogo direto com a Guiana, mas a nação vizinha decidiu ignorar o Acordo de Genebra de 1966 e começou a distribuir parte do território de Essequibo.

"Há anos buscamos o diálogo direto com a Guiana, e eles chutaram o Acordo de Genebra e começaram a dividir nossos mares e o mar a ser delimitado, ameaçaram colocar uma base militar do Comando Sul [dos Estados Unidos] lá na Guiana Essequiba."

O chefe de Estado garantiu que "mais cedo ou mais tarde" a Guiana e a empresa americana ExxonMobil terão de voltar ao caminho do diálogo com o seu país.
Maduro fez tais declarações no contexto da marcha pelo Dia da Lealdade e do apoio ao plano de ação em defesa de Essequibo, que aconteceu em Caracas.
Na atividade o presidente assinou seis decretos, com o objetivo de avançar no plano de recuperação do território, e pediu o apoio das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e dos venezuelanos para cumprir a agenda estabelecida para esse fim.
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As tensões entre Caracas e Georgetown aumentaram depois de a Guiana ter recebido ofertas de várias multinacionais petrolíferas, incluindo a americana ExxonMobil, a francesa TotalEnergies e a chinesa CNOOC, para 8 dos 14 blocos petrolíferos que foram a concurso em dezembro de 2022.
A Venezuela considerou a medida uma conspiração para retirar os seus direitos sobre o território e convocou um referendo consultivo para os cidadãos expressarem a sua opinião sobre a disputa.
Por seu lado, Georgetown pediu ao Corte Internacional de Justiça (CIJ) que suspendesse essa consulta popular.
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Em 1º de dezembro, a CIJ pediu às partes que se abstivessem de qualquer ação que pudesse "agravar ou ampliar a disputa".
No entanto, a Venezuela realizou o referendo consultivo em 3 de dezembro, que obteve 10,5 milhões de votos favoráveis.
Dois dias depois, Maduro pediu ao Parlamento que aprovasse a criação da Guiana Essequiba como o 24º estado da Venezuela e anunciou nove ações em relação a esse território, incluindo a criação de um alto comissariado nacional, a formação de uma zona de defesa abrangente, a concessão de licenças de operação para exploração de petróleo, gás e minas e a divulgação do novo mapa do país com a adição do território de Essequibo.
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