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OTAN manda frota de caça-minas à Estônia, próximo à fronteira com a Rússia

© AP Photo / Gero BreloerNavio caça-mina polonês em exercício militar coordenado pela OTAN. Estônia, 24 de abril de 2014
Navio caça-mina polonês em exercício militar coordenado pela OTAN. Estônia, 24 de abril de 2014 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
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Os navios permanentes de caça-minas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) chegaram à Estônia nesta quinta-feira (9) para exercícios militares de busca e destruição de minas marítimas. Os arsenais foram instalados na região durante as duas guerras mundiais (1914–1918 e 1939–1945), e a procura foi anunciada por Tallinn.
Ex-república da União Soviética, a Estônia faz fronteira com a Rússia, que condena ações militares da OTAN na região. Na quarta-feira (8), o secretário do Conselho de Segurança do país, Nikolai Patrushev, chegou a declarar, em reunião de secretários das nações da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) em Moscou, que o grupo tornou-se um instrumento de agressão coletiva do Ocidente.

"Nossa reunião está ocorrendo em um momento difícil para o mundo inteiro, quando o processo de destruição da ordem mundial centrada no Ocidente está se tornando irreversível. Os anglo-saxões e o Ocidente coletivo como um todo estão perdendo sua influência e deixando de ser a principal entidade das relações internacionais", enfatizou.

A frota que chegou à Estônia é uma das quatro permanentes mantidas pela OTAN e geralmente fica encarregada de realizar a neutralização de minas. Esses navios ainda possuem capacidade de chegar rapidamente a qualquer região de operação. Entre as embarcações estão estruturas que pertecem às marinhas da Polônia, Bélgica e Países Baixos.

"A frota inclui dois caça-minas e o navio de comando da Marinha da Polônia, além dos caça-minas belgas e holandeses […]. Em conjunto com os caças-minas da Marinha da Estônia, os navios realizarão exercícios de busca e destruição de minas marítimas", explica o comunicado.

De acordo com a OTAN, ainda vão se juntar aos caça-minas navios das marinhas da Alemanha e Lituânia.
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Investidas da aliança na região

Em outubro, mais uma investida da organização militar foi registrada no mar Báltico: dessa vez a justificativa foi investigar casos de danos a tubos que transferem energia e dados entre Finlândia, Suécia e Estônia. "As medidas intensificadas incluem voos adicionais de vigilância e reconhecimento, inclusive com aeronaves de patrulha marítima, aviões Awacs da OTAN e drones", enfatizou o comunicado à época.
Dylan White, porta-voz da OTAN, declarou que "continuamos monitorando a situação de perto e permanecemos em contato próximo com nossas aliadas Estônia e Finlândia, e com nossa parceira Suécia".
"A OTAN continuará adaptando sua postura marítima no mar Báltico e tomará todas as medidas necessárias para manter os aliados seguros", assegurou ele. A expansão militar do grupo na região foi, inclusive, o principal motivo da operação militar especial russa na Ucrânia, que tenta entrar na aliança.
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Russofobia levou a expulsão de embaixador

Em janeiro, o embaixador da Estônia foi expulso da Rússia por conta do discurso "russofóbico" do vizinho. A decisão aconteceu depois de Tallinn ter ordenado o afastamento de 21 diplomatas russos. Para Moscou, houve um aumento da hostilidade "a patamar de política estatal" nos últimos anos, o que corrói as próprias relações com a Federação da Rússia.
Na Estônia, pelo menos 25% da população é de etnia russa.
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