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Na véspera de discurso do líder, Hezbollah realiza 19 simultâneos ataques contra Israel

© AP Photo / Hassan AmmarOs combatentes do Hezbollah levantam a bandeira de seu grupo e gritam slogans enquanto assistem ao cortejo fúnebre do combatente do Hezbollah, Bilal Nemr Rmeiti, que foi morto por bombardeios israelenses, domingo, 22 de outubro de 2023
Os combatentes do Hezbollah levantam a bandeira de seu grupo e gritam slogans enquanto assistem ao cortejo fúnebre do combatente do Hezbollah, Bilal Nemr Rmeiti, que foi morto por bombardeios israelenses, domingo, 22 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.11.2023
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O movimento armado libanês Hezbollah assumiu a autoria de 19 ataques simultâneos a posições militares israelenses nesta quinta-feira (2). A escalada dos ataques vem na véspera do aguardado discurso do líder da organização, Hassan Nasrallah, que será realizado nesta sexta-feira (3).
Os ataques foram feitos no território das Fazendas de Shebaa, área na fronteira disputada na fronteira entre o Líbano, Síria e Israel.
O local, de aproximados 35 m² localizado nas Colinas de Golã, foi ocupado pela nação israelense durante a Guerra dos Seis Dias em 1967.
"Na quinta-feira, às 15h30 [locais], os combatentes do Hezbollah lançaram ataques simultaneamente contra 19 posições e alvos militares sionistas [israelenses]", disse o Hezbollah em um comunicado, onde ressaltou também que os disparos foram realizados por mísseis guiados e projéteis de artilharia.
Desde os ataques do Hamas, em 7 de outubro, na Faixa de Gaza, os militares israelenses e o movimento libanês Hezbollah vêm trocando agressões regularmente, mas o grupo muçulmano se absteve de entrar totalmente no conflito.
Anteriormente, o primeiro-ministro do governo libanês, Najib Mikati, disse que as autoridades estão trabalhando para manter uma situação calma dentro do país em meio à escalada entre Israel e a Faixa de Gaza.
Atualmente é considerado que o poderio militar do Hezbollah é maior que o do Exército governamental do Líbano.
A presença do Hezbollah no sul do Líbano, próximo a fronteira norte de Israel, tem sido uma preocupação constante do país judaico. Em 2006 ambos entraram em conflito na Segunda Guerra do Líbano e, apesar de ter perdido menos combatentes, é considerado por analistas internacionais que Israel sofreu uma derrota militar e estratégica nas mãos do Hezbollah.
O líder do Hezbollah no Líbano, Sayyed Hassan Nasrallah, encontra-se com o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziad al-Nakhala, e o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, 25 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 25.10.2023
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Líder do Hezbollah planeja discurso

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, anunciou que vai realizar um discurso na sexta-feira (3), onde abordará a questão do atual conflito entre Hamas e Israel.
Analistas temem que as palavras de Nasrallah possam escalar ainda mais o conflito, especialmente se ele decidir se envolver.
Segundo Mohanad Hage Ali, um especialista ouvido pela rede catariano de notícias Al Jazeera, o Hezbollah pode estar olhando para o que está acontecendo em Gaza e interpretando a questão de forma existencial.
"Eles pensam que se Israel conseguir cumprir os seus objetivos de erradicar o Hamas na Faixa de Gaza, então darão meia-volta e lidarão com o que consideram ser a ameaça do Hezbollah", disse ao portal.
A organização xiita também pode aproveitar a oportunidade para melhorar sua imagem frente ao mundo árabe, em especial os sunitas. O Hezbollah interveio na Síria para resgatar o presidente Bashar al-Assad, citiando cidades e fazendo passar fome civis que se opunham "ao regime sírio".
Isto, para muitos no mundo árabe, representou uma quebra na promessa do Hezbollah de que suas forças seriam utilizadas exclusivamente para se defenderem das agressões israelenses.
Agora, Nasrallah pode recuperar sua popularidade. "Tudo o que aconteceu na Síria foi esquecido em apenas alguns dias [após o início da guerra em Gaza]", disse um cidadão sunita libanês ao veículo identificado apenas como Mohammed.
"Este é o momento de Nasrallah", afirmou Hage Ali.

"Milhões de árabes assistirão ao seu discurso ao redor do mundo. Eles ouvirão o único líder na região que é capaz de dar voz à sua raiva e desespero, dizendo-lhes que agirá e apoiará os palestinos em Gaza, que enfrentam uma ameaça existencial."

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