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Especialista: escalada bélica no Oriente Médio pode forçar o Ocidente a buscar paz na Ucrânia

© Sputnik / Aiwad JradatBombardeio de Israel na Faixa de Gaza, 9 de outubro de 2023
Bombardeio de Israel na Faixa de Gaza, 9 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.10.2023
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O economista norte-americano e acadêmico da Universidade de Columbia Jeffrey Sachs elaborou um plano para pôr fim ao conflito ucraniano. O especialista em assuntos internacionais e pesquisador Irving Reynoso explicou à Sputnik que a proposta chega em um momento peculiar para Kiev, atingida no campo de batalha.
A proposta de Sachs, delineada em um post de seu blog pessoal, aparece depois do que ele rotulou como "o fracasso do plano neoconservador de cercar a Rússia na região do mar Negro por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]".
Segundo ele, quatro eventos destruíram as "esperanças neoconservadoras" de uma expansão da OTAN para leste, que incluiria a Ucrânia, Geórgia e mais países.
"O primeiro é indiscutível: a Ucrânia tem sido devastada no campo de batalha com perdas trágicas e inesperadas. Rússia está vencendo […]: um resultado previsível desde o início, mas que os neoconservadores e a grande mídia negam até hoje", observa Sachs. O segundo evento, de acordo com o acadêmico, é "o colapsado apoio" da União Europeia à "estratégia neoconservadora dos EUA".
O terceiro evento que o analista geopolítico menciona para ilustrar o dramático momento de Kiev é a falta de ajuda econômica dos EUA, com o Congresso do país aprovando no mês passado um orçamento a curto prazo sem novos fundos para a Ucrânia.
"O quarto evento, que é urgente do ponto de vista de Kiev, é uma provável ofensiva russa. O número de baixas ucranianas situa-se nas centenas de milhares, e a nação eslava já queimou sua artilharia, defesa antiaérea, tanques e outros armamentos pesados. A este respeito é provável que a Rússia responda com uma ofensiva de grande envergadura", analisa Sachs.
Membros do grupo militante sírio Maghawir al-Thawra recebem treinamento com armas de fogo de soldados das Forças Especiais do Exército dos EUA no posto militar de Al-Tanf. Síria, 22 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 19.10.2023
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O pesquisador em assuntos internacionais Irving Reynoso, historiador da Universidade Nacional Autônoma do México e professor da Universidade Autônoma do Estado de Morelos, comentou à Sputnik que ele compartilhava a análise pessimista sobre as oportunidades de Kiev no conflito.
Além de todas as razões mencionadas por Sachs, o especialista indica que o conflito entre Israel e a Palestina "abriu uma conjuntura que obriga o Ocidente a buscar um acordo de paz na Ucrânia, uma vez que os EUA já estão recalibrando suas prioridades internacionais".
"É quase impossível que Washington queira ter duas frentes ativas de conflito, pelo que deve procurar negociar o mais rápido possível com a Rússia", opina Reynoso.
Reynoso concorda com Sachs que Washington, a Rússia e a União Europeia devem restabelecer, uma vez que se chegue a um acordo de paz para o conflito na Ucrânia, as suas relações comerciais, financeiras e turísticas.
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