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Moscou: EUA não tinham como não estar cientes dos preparativos para os confrontos no Oriente Médio

© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaA representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante seu briefing semanal em Moscou
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, durante seu briefing semanal em Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 12.10.2023
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Os EUA, com o seu potencial de inteligência no Oriente Médio, não poderiam deixar de estar conscientes dos preparativos para um confronto na região, declarou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russa, Maria Zakharova.
Para ela, a situação é um exemplo da "teoria do caos controlado, que está na base da política americana".
"O poder de inteligência dos Estados Unidos diretamente na região são, antes de tudo, os satélites. Todos vimos como foi realizada esta operação: não foi realizada ponto a ponto, mas em grande escala e com a participação de tais capacidades, cujos preparativos não poderiam passar despercebidos dos satélites", destacou Zakharova à mídia local.
A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia lembrou ainda que Washington monitora todo o ciberespaço da região, mas há um ano Washington não vinha acompanhando a situação e "não passou a informação ao seu aliado mais próximo". "Não podia ser assim", concluiu Zakharova.
Zakharova acrescentou que o conflito no Oriente Médio mostra que a situação está fora de controle e que as atuais declarações dos Estados Unidos apelando à morte de civis apenas complicam a situação.
"Essas declarações mais selvagens e agressivas, com apelos ao assassinato de civis, que agora ouvimos dos EUA, tenho a certeza, não beneficiam o próprio Israel [...]", acrescentou.
Nesta quinta-feira (12), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apelou às partes no conflito entre Israel e Palestina para evitarem o uso da força e expressou "a esperança de que, uma vez terminado o conflito [...], todos levem a sério a obrigação de respeitar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a criação de um Estado palestino".
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Na quarta-feira (11), o presidente russo Vladimir Putin instou as partes em conflito a usarem a diplomacia em vez da força militar para encontrar uma forma de pôr fim às hostilidades e regressar ao processo de negociação.
Ao mesmo tempo, o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou ainda na quarta-feira a formação de um governo nacional de emergência em meio à escalada do conflito com a Palestina, que já deixou mais de milhares de mortos e feridos de ambos os lados.
Na manhã do último sábado (7), o movimento palestino Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou milhares de foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel.
Em resposta ao ataque surpresa do Hamas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a operação Espadas de Ferro. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em sua primeira declaração pública sobre o ataque palestino, disse que o país "está em guerra". Nas primeiras quatro levas de ataques aéreos, Israel lançou cerca de 2.000 munições e mais de 1.000 toneladas de bombas sobre Gaza.
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