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Apoio árabe à causa palestina cresce após ataque do Hamas contra Israel

© AP Photo / Hassan EslaiahBairro fica completamente destruído após ataque aéreo de Israel. Faixa de Gaza, 10 de outubro de 2023
Bairro fica completamente destruído após ataque aéreo de Israel. Faixa de Gaza, 10 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2023
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Em cidades e países do mundo árabe, uma onda de solidariedade ao povo palestino foi percebida após os ataques do Hamas contra Israel, que levaram a um conflito sem precedentes na região. De Ramallah a Beirute, de Damasco ao Cairo, o apoio à "resistência" contra a ocupação de territórios pelos israelenses é lembrado a todo momento.
É o caso de Farah al-Saadi, um vendedor de café de 52 anos de Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel. Em entrevista à AFP, ele disse que durante toda a vida viu "Israel nos matar, confiscar as nossas terras e prender nossos filhos".
"Fiquei satisfeito com o que o Hamas fez", contou o homem, que tem um filho detido em Israel. Ele ainda enfatizou que já temia a escalada da retaliação, principalmente na região da Faixa de Gaza.
Só nesta terça-feira (10), mais de 4 mil pessoas foram ao Centro de Amã, na Jordânia, para demonstrar apoio ao Hamas. Diversas pessoas entoavam "De Gaza veio a voz, revolução, revolução até a morte".
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Outros apoiadores palestinos em Beirute, capital do Líbano, distribuíram doces após os ataques terem atingido várias cidades de Israel. Os dois países vivem tecnicamente em guerra há 22 anos, e o sul libanês é ocupado por tropas israelenses.
O ataque-surpresa do Hamas aconteceu no último sábado (7), durante um feriado. Após combatentes se infiltrarem em comunidades ao sul de Israel, pelo menos 900 pessoas foram mortas a tiros, incluindo jovens que participavam de um festival no deserto. Do outro lado, com os bombardeios a Gaza, pelo menos 765 pessoas já morreram.
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Fogos de artifício

Na cidade portuária de Sidon, também no Líbano, moradores soltaram fogos de artifício e se reuniram em praças públicas em prol dos "combatentes da resistência palestina". Na Universidade Americana de Beirute, o estudante palestino Reem Sobh, de 18 anos, afirmou à AFP que não pode portar armas, mas pode "apoiar" o movimento Hamas.

Em uma rede social, a comediante libanesa Shaden Fakih comentou a onda de apoio. "O que esperavam dos palestinos? Serem mortos todos os dias e não fazerem nada a respeito? Morrerem silenciosamente?", disse em um vídeo.

"Eles portarão armas e reagirão. Esse é o seu direito", acrescentou ela, observando que "pode ​​ser contra o Hamas e ainda apoiar qualquer resistência armada contra o opressor, contra o apartheid israelense".
Em Damasco, na Síria, a bandeira palestina foi hasteada. Para a funcionária universitária Marah Suleiman, 42, o ataque "despertou um sentimento que não era movido há muitos anos e reavivou o espírito de resistência". Já na Tunísia, partidos políticos e até a presidência declararam "apoio total e incondicional ao povo palestino".
Militantes palestinos do movimento Jihad Islâmica participam de um desfile militar anti-Israel que marca o 36º aniversário da fundação do movimento. Cidade de Gaza, 4 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2023
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Até no Egito, que proíbe protestos não autorizados, jogos de futebol foram transformados em demonstrações de solidariedade aos palestinos.
Nas redes sociais dos Emirados Árabes Unidos, também não faltaram declarações. O analista Abdulkhaleq Abdulla descreveu os ataques de Israel a Gaza como uma "campanha de genocídio".
No Bahrein, os manifestantes cobriram os rostos, alguns com keffiyehs palestinos, durante comícios quase diários e não autorizados. "Apoiaremos sempre os nossos irmãos na Palestina", disse um manifestante de 29 anos, falando sob condição de anonimato.
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