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Acusado de incitar invasões, ex-chefe da PMDF fica em silêncio em depoimento à CPI do 8 de Janeiro

© Foto / Bruno Spada / Câmara dos DeputadosO ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira presta depoimento à CPI do 8 de Janeiro. Brasília (DF), 29 de agosto de 2023
O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira presta depoimento à CPI do 8 de Janeiro. Brasília (DF), 29 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.08.2023
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Fábio Augusto Vieira teve o direito de ficar em silêncio garantido por habeas corpus concedido pelo ministro do STF Cristiano Zanin, o que gerou controvérsia entre os parlamentares.
O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto Vieira optou por se manter em silêncio e não respondeu às perguntas feitas por parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos do dia de 8 de janeiro.
Vieira é um dos principais investigados pela comissão. Ele é investigado por supostamente incentivar as invasões dos prédios públicos de Brasília ao encaminhar áudios com teor golpista pelo celular. Ele também é suspeito de ter facilitado as invasões, permitindo a entrada de manifestantes nos prédios.
Ele foi preso dois dias após os atos e solto posteriormente, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta terça-feira (29), as únicas palavras ditas pelo ex-comandante na CPI foram em uma breve fala no início da sessão.
"Ao contrário do que tem sido veiculado, a presença do comandante-geral no terreno não atrai automaticamente o comando da operação em curso, que continua sendo dos comandantes operacionais, sejam os comandantes regionais ou comandantes de batalhões", disse Vieira.
Ele informou que foi orientado por sua defesa a não responder aos parlamentares porque ainda não teve acesso à íntegra do processo em que é investigado. Em seguida, se colocou à disposição para prestar esclarecimentos em uma futura oportunidade.

"Me coloco à disposição desde já para retornar em uma futura oportunidade, caso seja de interesse desta comissão, após a gente ter a íntegra do processo", disse Vieira.

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O direito de permanecer calado durante a sessão foi garantido por um habeas corpus concedido pelo ministro Cristiano Zanin, do STF. A concessão do habeas corpus gerou controvérsia entre os parlamentares presentes.
Segundo noticiou a Agência Brasil, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) apresentou alguns dos áudios que teriam sido encaminhados por Vieira.
"O [Jair] Bolsonaro está preparado com o Exército, com as forças especiais, as Forças Armadas, para fazer a mesma coisa que aconteceu em 64. O povo vai para as ruas, porque ninguém vai aceitar o Lula ganhar a Presidência, porque não tem sentido. O povo vai pedir a intervenção", dizia uma das mensagens.
A senadora questionou Vieira sobre imagens que registraram o ex-comandante durante a invasão do Congresso Nacional e perguntou a ele qual era o posicionamento dos policiais militares que estavam na Praça dos Três Poderes no dia da invasão.
"Eles permitiram a subida dos manifestantes", disse a senadora, acrescentando que militares têm uma hierarquia, uma ordem e um comando.

"Tudo que ele [o policial] vai fazer tem que ser comandado, tem que ser liderado. Naturalmente que eles não foram porque não tiveram um comando de subir e evitar que [a invasão] realmente ocorresse", disse a senadora.

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