Operação militar especial russa

Sem se posicionar contra Kiev, comissão da ONU diz saber sobre uso de bombas cluster em Belgorod

O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) foi notificado sobre os relatos do uso de munições cluster (fragmentação) pela Ucrânia contra a região russa de Belgorod, mas até agora não conseguiu "verificar suficientemente" os dados sobre as vítimas civis desde dezembro de 2023, disse um porta-voz à Sputnik.
Sputnik

"O ACNUDH está ciente dos relatos das autoridades russas sobre ataques das Forças Armadas ucranianas que atingiram a cidade e a região de Belgorod e expressou preocupação com as vítimas civis relatadas. Também estamos cientes das alegações do uso de munições cluster no território da Federação da Rússia", disse o porta-voz do ACNUDH, Jeremy Laurence.

O último relatório do ACNUDH divulgado no dia 26 de março inclui informações sobre as vítimas civis resultantes de ataques com bombas de fragmentação de 1º de dezembro de 2023 a fevereiro deste ano, disse o porta-voz, acrescentando que o órgão "ainda não foi capaz de verificar suficientemente esses relatórios em linha com sua metodologia de monitoramento remoto e padrões de verificação".
O escritório de Direitos Humanos da ONU instou todas as partes no conflito a "cessarem o uso de armas explosivas com efeitos de área ampla em territórios povoados" e reiterou que o uso de munições cluster em áreas povoadas "é incompatível com os princípios fundamentais que regem a condução das hostilidades, em particular a proibição de ataques indiscriminados".
"Como os civis permanecem expostos a resíduos explosivos de guerra durante anos, até mesmo décadas, após o uso de tais armas, o ACNUDH apela a todos os Estados, por uma questão de política, a pararem de usar munições cluster", acrescentou o porta-voz.
Operação militar especial russa
Rússia abate 16 foguetes sobre a região de Belgorod
Em 30 de dezembro, a Ucrânia bombardeou a parte central de Belgorod, matando 25 pessoas, incluindo cinco crianças, e ferindo outras 109. O ataque foi realizado usando foguetes Vampire de fabricação tcheca e mísseis com munições cluster, segundo o Ministério da Defesa russo.
Os países ocidentais têm fornecido ajuda militar à Ucrânia desde o início da operação militar especial russa em fevereiro de 2022. A ajuda evoluiu de munições de artilharia e treino em 2022 para armas mais pesadas, incluindo tanques, sistemas avançados de defesa aérea, mísseis e munições cluster. O Kremlin tem alertado consistentemente contra as contínuas entregas de armas do Ocidente à Ucrânia, dizendo que apenas prolongam o conflito.
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