Operação militar especial russa

Zelensky admite a inevitabilidade da retirada das tropas de Kiev do campo de batalha

Em entrevista ao jornal Washington Post, presidente ucraniano reconheceu a escassez de armamento enfretada pelas forças ucranianas e disse que, sem ajuda dos EUA, tropas terão de bater em retirada.
Sputnik
As Forças Armadas da Ucrânia recuarão constantemente se os Estados Unidos não fornecerem a assistência necessária. É o que declarou nesta sexta-feira (29) o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em entrevista ao jornal Washington Post.
"Se não houver apoio dos Estados Unidos, isso significa que não teremos defesa aérea, nem mísseis Patriot, nem equipamento de interferência eletrônica, nem projéteis de artilharia de 155 milímetros. Isso significa que recuaremos, passo a passo, pequenos passos [no campo de batalha]", disse Zelensky.
Ele acrescentou que a Ucrânia enfrenta problemas na defesa aéra, e disse que sem apoio do Congresso dos EUA haverá escassez de mísseis.
"Sem o apoio do Congresso [dos EUA], teremos uma grande escassez de mísseis. Isso é um problema. Estamos a construir os nossos próprios sistemas de defesa aérea, mas isso não é suficiente".
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Segundo ele, as Forças Armadas Ucranianas estão tentando encontrar uma forma de não recuar na zona de combate.
"Se a situação na frente de combate permanecer estável, então na retaguarda a Ucrânia será capaz de armar e treinar novas brigadas para lançar uma nova tentativa de contraofensiva neste ano", disse o presidente ucraniano.
No verão passado, as tropas ucranianas lançaram uma tentativa de contraofensiva que se revelou um fracasso. No período, quase 166 mil soldados ucranianos foram mortos, 800 tanques destuídos, incluindo metade dos tanques Leopard alemães, além de 123 aeronaves e 2,4 mil veículos blindados.
Mais cedo, o canal Fox News, citando uma carta da chefe do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Shalanda Young, ao senador J.D. Vance, informou que o governo dos EUA gastou pelo menos US$ 113 bilhões (cerca de R$ 667 bilhões) em auxílio à Ucrânia.
No entanto, como disse o diretor da CIA, Robert Burns, em meados de março, sem assistência militar adicional de Washington, as autoridades de Kiev terão de concordar com negociações de paz nos termos da Rússia dentro de um ano. Ele enfatizou que a falta de apoio americano resultará em maior retirada e perda de território para as Forças Armadas Ucranianas.
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