Panorama internacional

Investigadores russos têm provas que ligam terroristas do ataque a Crocus e nacionalistas ucranianos

Resultados preliminares da investigação confirmam ações planejadas dos terroristas que atacaram o Crocus City Hall, em Moscou, sua preparação e apoio financeiro, diz Comitê de Investigação do caso.
Sputnik
O Comitê de Investigação russo, que vem apurando o ataque terrorista ao Crocus City Hall nos arredores de Moscou, chegou a resultados preliminares importantes sobre a atuação dos criminosos. De acordo com os responsáveis, a investigação obteve evidências da ligação dos terroristas que realizaram o ataque à sala de concertos com nacionalistas ucranianos, disse o Comitê de Investigação russo nesta quinta-feira (28).
"Os resultados iniciais da investigação confirmam plenamente a natureza planejada das ações dos terroristas, a preparação cuidadosa e o apoio financeiro dos organizadores do crime. Como resultado do trabalho com terroristas detidos, analisando tecnicamente os dispositivos apreendidos com eles, analisando informações sobre transações financeiras, foram obtidas evidências de sua ligação com nacionalistas ucranianos", disse o comitê no Telegram.
Os terroristas receberam quantias significativas de dinheiro e criptomoedas da Ucrânia, acrescentaram investigadores russos.

"A investigação confirmou dados sobre o recebimento de quantias significativas de dinheiro e criptomoedas da Ucrânia pelos autores do ataque terrorista, que foram utilizadas na preparação do crime", afirma o relatório.

Ainda segundo os investigadores do caso, outro suspeito de financiar os atos terroristas estaria envolvido no ataque já foi detido pelas forças de segurança russas.
"Outro suspeito envolvido em um esquema de financiamento do terrorismo foi identificado e detido. A investigação pedirá a um tribunal que selecione uma medida preventiva na forma de detenção em relação a ele", escreveu o comitê em seu canal no Telegram.
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EUA teriam omitido da Rússia parte da informação sobre ataque ao Crocus por temerem revelar fontes

Canais de inteligência

Os EUA emitiram um aviso por escrito aos serviços de segurança russos antes do ataque ao Crocus, utilizando canais estabelecidos e seguindo procedimentos padrão, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta quinta-feira.
"Seguindo procedimentos normais e através de canais estabelecidos que foram utilizados muitas vezes anteriormente, o governo dos Estados Unidos emitiu um aviso por escrito aos serviços de segurança russos", disse Kirby durante uma coletiva de imprensa.
Kirby acrescentou que os EUA continuam empenhados em manter a vigilância e vão continuar a alertar os governos em todo o mundo sobre quaisquer planos terroristas descobertos, independentemente das relações diplomáticas com esses países.
No início do dia, o The New York Times informou, citando autoridades de segurança europeias e norte-americanas, que as agências de inteligência dos EUA não forneceram ao lado russo todas as informações que tinham sobre a ameaça de um ataque terrorista ao Crocus City Hall, na região de Moscou, por medo de que as autoridades russas pudessem tomar conhecimento das suas fontes de inteligência ou métodos de trabalho.
Na terça-feira (26), o diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB) russo, Aleksandr Bortnikov, disse que as informações transmitidas pelos Estados Unidos sobre a preparação de um ataque terrorista eram de natureza geral e os serviços especiais russos responderam a elas.
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Terroristas do Crocus City Hall teriam sido recrutados no Telegram por extremistas afegãos
Um tiroteio ocorreu na última sexta-feira (22) no Crocus City Hall, na região de Moscou, seguido de um grande incêndio. Um correspondente da Sputnik que testemunhou o ataque relatou que vários homens armados camuflados invadiram o teatro, atirando nas pessoas à queima-roupa e jogando bombas, que causaram o incêndio.
Segundo os últimos dados oficiais, o ataque terrorista deixou cerca de 180 feridos e 143 mortos.
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