Panorama internacional

República Dominicana prepara evacuação aérea do Haiti por conta da escalada de violência

As autoridades da República Dominicana estão preparando uma possível evacuação aérea de seus funcionários no Haiti diante da escalada de violência em seu país vizinho. No fim de semana, também deixaram a região servidores ligados às embaixadas dos Estados Unidos, da Alemanha e da União Europeia (UE).
Sputnik
O ministro da Defesa da República Dominicana, Carlos Luciano Díaz Morfa, já havia se reunido com oficiais do Exército e representantes do Executivo para revisar os protocolos de segurança e implementação da evacuação aérea dos funcionários do país que vivem no Haiti, caso necessário.
Por meio de um comunicado, o Ministério da Defesa informou que a medida visa garantir tanto a integridade dos servidores de seu governo quanto de outras nações que possuem escritórios diplomáticos no território haitiano.
Na reunião ainda foram abordados temas como logística para abastecimento de combustível, trâmites migratórios ou atendimento médico, que podem ser necessários. Diante da falta de segurança no principal terminal do país, em Porto Príncipe, devem ser usados os aeroportos de Jimaní e El Higuero como centros de abastecimento e armazenamento.
O texto divulgado indica ainda que deve ser estabelecido um corredor de assistência para garantir também o cumprimento de medidas sanitárias para preservar a saúde coletiva.
Apenas um dia após a reunião, a mídia do país relatou o plano de evacuação de membros da Embaixada da Alemanha no Haiti para a República Dominicana. Também foi informada a saída da delegação da UE e parte da equipe americana.
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Escalada da violência no Haiti

A violência no Haiti aumentou nos últimos dias com tiroteios na noite da última sexta-feira (8) nas proximidades do Palácio Nacional, no coração de Porto Príncipe, a capital do país.
Além disso, uma semana antes, gangues criminosas provocaram a fuga de mais de 4 mil detentos da principal penitenciária do país.
O Haiti aguarda o desdobramento de uma missão multinacional, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e liderada pelo Quênia, a fim de tentar conter a violência extrema e a crise institucional que o país enfrenta, agravada desde o assassinato do presidente, Jovenel Moïse, em 2021.
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