Panorama internacional

Expansão da OTAN prova que não se pode confiar no Ocidente, diz diplomata russo

Primeiro vice-representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy, diz que a decisão do Ocidente de não dissolver a aliança, após o fim do Pacto de Varsóvia, trouxe o mundo para o cenário em que agora se encontra.
Sputnik
A expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o Leste Europeu, contrariando as promessas firmadas, prova que já não é possível confiar no Ocidente.
A afirmação foi feita neste domingo (3), pelo primeiro vice-representante permanente da Rússia na Organização das Nações Unidas, Dmitry Polyansky, em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), na qual respondeu ao empresário Elon Musk, que no sábado (2) questionou por que a aliança não foi dissolvida após o fim do Pacto de Varsóvia, em 1991.
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"A decisão do Ocidente de manter a OTAN, apesar da dissolução do Pacto de Varsóvia, e de garantir a segurança dos seus membros à custa da segurança dos outros foi um erro terrível, e um erro de cálculo que trouxe o mundo para onde está agora. A expansão da OTAN, apesar de todas as garantias dadas aos líderes soviéticos e russos, mostrou que já não se pode confiar no Ocidente", escreveu Polyanskiy.

O Pacto de Varsóvia foi criado em 1955, após a fundação da OTAN, em 1949. Após o fim do Pacto de Varsóvia, em 1991, muitos de seus antigos Estados-membros aderiram à aliança atlântica.
Apesar das promessas dos EUA no final da Guerra Fria de que a OTAN não se expandiria para o leste, o bloco militar quebrou seus compromissos em 1999, e incorporou a Polônia, a Hungria e a República Tcheca em sua primeira onda de expansão, que tem continuado desde então.
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