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Rússia possui o maior e mais diversificado arsenal nuclear do mundo, diz comandante dos EUA

A Rússia possui atualmente o maior e mais diversificado arsenal nuclear do mundo, disse o comandante do Comando Estratégico dos EUA (USSTRATCOM), general Anthony Cotton, em comentários ao Comitê de Serviços Armados do Senado na quinta-feira (29).
Sputnik
"A Rússia possui atualmente o maior e mais diversificado arsenal nuclear de qualquer nação", disse Cotton em seu depoimento durante uma audiência perante o comitê.
Para além da sua tríade estratégica tradicional, a Rússia está aumentando e modernizando as suas opções nucleares, disse Cotton.
"Isso inclui sistemas hipersônicos com capacidade nuclear, como o míssil de cruzeiro de ataque terrestre Tsirkon e o míssil balístico lançado pelo ar Kinzhal, o último dos quais a Rússia tem empregado frequentemente contra a Ucrânia em uma função convencional", disse ele. "Esses sistemas hipersônicos acrescentam diversidade e flexibilidade ao arsenal nuclear da Rússia e complementam o seu arsenal de aproximadamente 2.000 armas no teatro nuclear que não se enquadram nos limites do Novo START."
Ainda em declarações ao comitê, o general Cotton afirmou que os EUA e os seus aliados continuam a ser confrontados por dois adversários potenciais — a Rússia e a China — ao mesmo tempo que enfrentam uma alegada ameaça nuclear crescente da Coreia do Norte e do Irã.
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"Além disso, os nossos potenciais adversários estão aumentando o seu nível de coordenação e cooperação entre si", disse Cotton. "Este ambiente de ameaça aumenta a possibilidade de conflitos quase simultâneos com múltiplos adversários oportunistas e com armas nucleares." Cotton afirmou que a concorrência estratégica atualmente está aumentando, inclusive no domínio nuclear.
"A ênfase nas capacidades nucleares por potenciais adversários, juntamente com a incorporação de tecnologias como armas hipersônicas [HSW, na sigla em inglês] e capacidades de bombardeio orbital fracionário [FOB, na sigla em inglês], aumenta significativamente os riscos de segurança global", disse ele.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em janeiro que Moscou não vê possibilidade de um diálogo estratégico com Washington no momento. O Ocidente deve acabar com a retórica anti-Rússia para criar uma possibilidade para tais conversações, explicou ele.
A Rússia não rejeita a possibilidade de negociações, bem como "a possibilidade de um acordo político e diplomático" sobre a questão da estabilidade estratégica, mas Washington quer retomar o controle sobre o arsenal nuclear russo sob o pretexto de reciprocidade, destacou Lavrov.
Em seu discurso sobre o estado da nação na quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que as ações de política externa empreendidas pelo Ocidente coletivo são perigosas e ameaçam um conflito nuclear que resultaria na destruição da civilização.
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