Segundo o texto, quatro representantes de alto escalão da Bundeswehr, incluindo o chefe do departamento de operações e exercícios da Força Aérea, estiveram envolvidos na conversa ocorrida em 19 de fevereiro de 2024.
Em particular, o brigadeiro general Frank Graefe, chefe do departamento de operações e exercícios do Comando da Força Aérea em Berlim, o inspetor da Força Aérea Ingo Gerhartz e dois funcionários do centro de operações aéreas do Comando Espacial da Bundeswehr discutiram o envio de mísseis Taurus para a Ucrânia e o ataque à Ponte da Crimeia.
De acordo com as informações obtidas, Ingo Gerhartz não descartou fornecer 100 mísseis Taurus a Kiev que, segundo militares alemães, poderiam ser lançados de um caça Dassault Rafale.
Os áudios revelaram ainda que para um militar responsável da Bundeswehr o tempo estimado para o uso dos mísseis em um potencial ataque era de oito meses após seu fornecimento.
Segundo a apuração, um dos participantes da conversa chega a questionar a eficácia do ataque planejado e sugere que o ataque requereria "mais de dez ou mesmo mais de 20 mísseis", enquanto outro deles menciona os debates no Bundestag (parlamento alemão) sobre fornecimento dos Taurus a Kiev, ao qual se opôs o chanceler Olaf Scholz, e afirma que "ninguém sabe por que o chanceler bloqueia esses fornecimentos".
O Ministério da Defesa alemão se recusou a comentar os relatos sobre a gravação da conversa entre militares alemães sobre o ataque à Ponte da Crimeia.
"Observe que, em princípio, não comentamos reportagens da mídia e seu conteúdo", disse o ministério à Sputnik.
A este respeito, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que "a guerra híbrida contra a Rússia, desencadeada pelo Ocidente, está em pleno andamento".