De acordo com a Reuters, Gallagher, que chegou a Taiwan nesta quinta-feira com uma delegação de outros quatro legisladores em uma visita que termina no sábado (24), tem sido um forte amigo da ilha e um crítico feroz da China, que tem cobrado do Ocidente o respeito à sua soberania na questão recordando o compromisso declarado dos EUA com a política de Uma Só China.
"Estou muito confiante de que o apoio a Taiwan continuará independentemente de quem ocupar a Casa Branca", disse ele em coletiva de imprensa em Taipé. "Vejo um apoio crescente e extremamente forte a Taiwan. [...] O povo de Taiwan deve estar confiante de que a América [do Norte] está com eles, mesmo enquanto atravessamos uma temporada política muito intensa a nível interno", disse ele.
Donald Trump, o favorito do Partido Republicano para ser o candidato na disputa presidencial deve enfrentar o presidente Joe Biden, do Partido Democrata, em uma revanche nas eleições presidenciais de novembro.
Na reunião desta quinta-feira (22) com a governante cessante de Taiwan, Tsai Ing-wen, o deputado disse ainda que a delegação mista visava "mostrar o nosso apoio bipartidário a esta parceria, que graças à sua liderança é mais forte e mais sólida do que nunca".
"Hoje, a liberdade está sob ataque de agressões autoritárias e precisamos estar mais vigilantes do que nunca se quisermos transmitir esse presente de liberdade que nos foi dado à próxima geração", disse Gallagher.
Tsai Ing-wen agradeceu às autoridades norte-americanas por ajudarem a ilha a fortalecer suas capacidades de defesa enquanto os países mantêm a paz regional.
"Gostaria de agradecer à administração e ao Congresso dos EUA por continuarem a ajudar Taiwan a fortalecer as suas capacidades de autodefesa", disse Tsai à CTi News.
No mês passado, Taiwan realizou eleições gerais nas quais o candidato pró-independência Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês), no poder, venceu com 40,05% dos votos para chefiar a administração local da ilha.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que Pequim se opõe a quaisquer intercâmbios oficiais entre as autoridades dos EUA e de Taiwan e pediu aos Estados Unidos que "reconheçam a extrema complexidade e sensibilidade da questão de Taiwan".
Taiwan é governada independentemente da China continental desde 1949. Pequim vê a ilha como a sua província, enquanto Taiwan – um território com a sua própria administração eleita – afirma ser um país autônomo, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a quaisquer contatos oficiais de Estados estrangeiros com Taipé e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.