Panorama internacional

Israel paralisa 2º maior hospital de Gaza e OMS é proibida de atuar; 8 pacientes morrem

O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse neste domingo (18) que o segundo maior hospital da Faixa de Gaza, que está sitiado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), deixou de funcionar.
Sputnik
De acordo com informações veiculadas pela emissora de TV Al Jazeera, oito pessoas morreram.
Localizado na região sul de Gaza, onde Israel concentra os ataques atualmente, o Hospital Nasser foi invadido pelo Exército israelense na última quinta-feira (15) com o objetivo de retirar supostos suspeitos de terrorismo.
Porém, a medida deixou a unidade totalmente paralisada, apesar de existirem cerca de 200 pacientes internados. Desse total, 20 precisam de transferência urgente para outras localidades, informou o diretor da OMS. Segundo Tedros, até a equipe da entidade está proibida de entrar no hospital.

"O Hospital Nasser em Gaza não funciona mais, depois de um cerco de uma semana seguido de um ataque contínuo. Tanto ontem [sábado] como anteontem [sexta-feira], a equipe da OMS não foi autorizada a entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de chegar ao complexo hospitalar para entregar combustível junto com parceiros", afirmou o diretor da OMS em publicação no X.

Notícias do Brasil
Mãe e filhos palestinos-brasileiros chegam ao Brasil, resgatados de área de guerra na Faixa de Gaza

Fornecimento de oxigênio e combustível interrompido

O Ministério da Saúde da Palestina informou que oito pacientes já morreram na unidade desde que os ataques israelenses foram iniciados. Além disso, os militares interromperam o fornecimento de combustível e até oxigênio.
No início do mês, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou sobre o avanço das operações do Exército do país para o sul de Gaza, na região de Rafah. A medida foi tomada após a rejeição de um cessar-fogo pelo país. Só na localidade, vivem mais de um milhão de palestinos que ficaram desalojados após o início da guerra contra o Hamas.
O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, disse que as negociações pela paz na região estão desacelerando. "O padrão nos últimos dias realmente não é muito promissor", declarou.
Comentar