Panorama internacional

Venezuela classifica como 'desprezível' senador dos EUA que apoiou 'roubo' de avião

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, classificou como 'desprezível' o senador norte-americano Jim Risch, que apoiou a apreensão do avião da Empresa de Transporte de Cargas do Sul (Emtrasur), subsidiária da estatal Conviasa, pelos governos dos Estados Unidos e da Argentina.
Sputnik
"É desprezível ver este senhor Jim Risch elogiar e justificar um ato de pirataria flagrante perpetrado contra a aeronave da Emtrasur, é um insulto à legalidade internacional e uma mostra adicional da falsidade e brutalidade das elites norte-americanas", declarou na rede social X.
O senador republicano elogiou a cooperação do governo argentino com os EUA para se apropriarem da aeronave e pediu a aplicação de sanções "antiterroristas no hemisfério ocidental".
Gil afirmou que o apoio de Risch ao "roubo" e sua "descarada" cumplicidade com ações ilegais atentam contra a soberania dos países.
"Denunciamos os verdadeiros piratas e predadores, que operam desde as altas esferas do poder dos EUA e seus lacaios, sem se importar com as consequências para a paz e justiça no mundo", comentou.
O avião venezuelano, que estava retido em Buenos Aires desde junho de 2022, chegou à Flórida na segunda-feira (12), de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. Com isso, Caracas prometeu "uma resposta contundente, direta e proporcional a este ataque, utilizando todos os recursos disponíveis" na Constituição e no direito internacional.
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Apreensão autorizada pela Argentina em janeiro

A Justiça argentina ordenou, em 3 de janeiro, a apreensão do avião da Emtrasur, solicitada em outubro de 2022 pelo Tribunal do Distrito de Columbia, nos Estados Unidos.
A aeronave pousou em território argentino em 6 de junho de 2022, onde teria entregado uma carga com peças da empresa alemã Volkswagen. Porém, quando tentou deixar o país, nenhuma empresa forneceu combustível por conta das sanções norte-americanas.
O avião Boeing 747­ 3B3, com 14 tripulantes venezuelanos e cinco iranianos, foi adquirido pela companhia do Irã Mahan Air, sancionada pelos EUA por seus supostos vínculos com atividades terroristas, segundo a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) e a Delegação de Associações Israelitas Argentinas (DAIA).
A aeronave então seguiu para o Uruguai em 8 de junho com o objetivo de abastecer e retornar à Venezuela, mas as autoridades uruguaias rejeitaram o pedido de pouso em seu território e o voo teve que voltar para Buenos Aires.
Em outubro do mesmo ano, um tribunal de segunda instância na Argentina autorizou a saída dos tripulantes do avião.
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