Panorama internacional

Após entrevista de Putin, Biden faz pronunciamento sem citar Rússia para defender sua memória

Logo em seguida à entrevista do presidente russo Vladimir Putin para o jornalista norte-americano Tucker Carlson, o líder dos EUA, Joe Biden, discursou nesta quinta-feira (8) na Casa Branca. Ele não citou a Rússia e aproveitou a fala, que durou cerca de dez minutos, para defender suas habilidades cognitivas e se esquivar de acusações de corrupção.
Sputnik
O relatório feito pelo advogado especial Robert Hur inocentou Biden de acusações criminais, relacionadas ao compartilhamento de documentos confidenciais, mas o definiu como um "homem idoso com memória fraca".

"Minha memória está boa. Veja o que fiz enquanto fui presidente. Ninguém disse que eu passaria pelas coisas que passei", declarou Biden ao ser questionado por jornalistas.

O anúncio do discurso foi feito logo depois da entrevista de Vladimir Putin ao jornalista Tucker Carlson, que rendeu mais de 17 milhões de visualizações.
A fala, feita de forma improvisada e quebrando os protocolos da Casa Branca — já que não estava planejada com antecedência —, não citou a Rússia nem Putin em nenhum momento.
Logo após ter defendido sua memória, no entanto, o presidente americano se equivocou, referindo-se ao homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, como "presidente do México".
Outros assuntos eram esperados para serem debatidos pelo presidente estadunidense, tais como o financiamento à Ucrânia e Israel. Contudo, os temas não foram abordados pelo mandatário.
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Desafiando os EUA, entrevista de Tucker Carlson com Vladimir Putin vai ao ar nesta quinta (8)
Biden falou sobre a situação no Oriente Médio. O secretário de Estado, Antony Blinken, tenta negociar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que libertaria os reféns detidos em Gaza.
Além disso, os EUA também estiveram envolvidos em conflitos com grupos militantes no Iraque e na Síria, alinhados com o Irã, depois da morte de três soldados americanos em ataque de drone.
Biden afirmou que antes de o Hamas atacar, ele estava em contato com os sauditas para encerrar os conflitos na região. "Sou da opinião, como vocês sabem, de que a conduta na Faixa de Gaza tem sido acima do tom."
Vale ressaltar que o próprio Estado americano fornece armas e suprimentos militares para as Forças de Defesa de Israel (FDI), que já mataram mais de 26 mil pessoas em Gaza, após o ataque do grupo armado palestino que resultou em 1,1 mil israelenses mortos em 7 de outubro de 2023.
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