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Rússia superou esforços europeus e OTAN subestimou Moscou, diz chefe das Forças Armadas da Estônia

Diferentemente da previsão feita por Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o Kremlin está longe do ponto de ruptura, com Moscou podendo produzir vários milhões de projéteis, afirmou o chefe da Defesa estoniana.
Sputnik
O comandante das Forças Armadas da Estônia, Martin Herem, disse que novas informações coletadas por sua inteligência sobre a capacidade da Rússia de produzir munições e recrutar tropas levaram a uma reavaliação entre os aliados da OTAN e a uma série de avisos para se prepararem para um conflito de longo prazo.
Na visão de Herem, as previsões de que as forças russas atingiriam os limites dos seus recursos não se concretizaram, foram subestimadas, e que as Forças Armadas russas têm capacidade para produzir vários milhões de projéteis de artilharia por ano, superando em muito os esforços europeus, além de poder recrutar centenas de milhares de novos soldados, afirmou o comandante segundo a agência Bloomberg.
A mídia ressalta que o militar estoniano se uniu a um número crescente de chefes militares da OTAN, que alertaram durante o mês passado que a aliança deveria se preparar para uma posição de guerra com Moscou.

"Muitas pessoas pensavam que não poderiam [os russos] ir além disso. Hoje, os fatos nos dizem o contrário. Eles podem produzir ainda mais, muito mais munições", afirmou Herem.

A inteligência da Estônia previu que a Rússia precisaria de três a cinco anos para trabalhar o suficiente, a fim de representar uma ameaça direta à OTAN. No entanto, a proximidade da região do Báltico e o prolongamento do conflito na Ucrânia levantaram preocupações sobre o tempo para a prontidão militar russa, escreve a mídia.
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Embora Tallinn não veja a Rússia como uma ameaça direta "hoje ou amanhã", Herem disse que o risco para a Aliança Atlântica poderá aumentar para um nível crítico assim que os recursos russos forem libertados da campanha na Ucrânia.
As Forças Armadas da Rússia prosseguem a operação militar especial na Ucrânia, anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022. Segundo o chefe de Estado, entre os objetivos principais da operação lançada estão a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
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