"Nosso objetivo é evitar qualquer confusão ou interpretação errônea de que este pedido de financiamento possa de alguma forma sinalizar o apoio dos EUA à potencial transferência de palestinos para fora da Faixa de Gaza. Pedimos um esclarecimento da posição dos EUA […]. Os Estados Unidos devem continuar comprometidos, como o senhor afirmou em muitas ocasiões, com um futuro em que todos os israelenses e palestinos vivam em paz com direitos iguais, dignidade e liberdade", citaram os legisladores na carta.
Na quarta-feira (17), o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que Israel nunca comunicou aos Estados Unidos que sua política é impedir o retorno dos palestinos ao norte da Faixa de Gaza até que um novo acordo de reféns seja alcançado.
A administração de Joe Biden solicitou financiamento suplementar no valor de mais de 100 bilhões de dólares (cerca de R$ 493 bilhões) ao Congresso para fornecer ajuda à Ucrânia e a Israel. O pedido também incluía algumas medidas de segurança fronteiriça, mas os legisladores republicanos insistiram na inclusão de ações mais rigorosas para abordar a migração na fronteira sul dos Estados Unidos. Na quarta-feira, o presidente dos EUA recebeu líderes do Congresso na Casa Branca para discutir a necessidade vital de aprovar seu pedido suplementar de segurança nacional.
O HuffPost também informou, na quinta-feira (18), que os democratas da Câmara estão se preparando para pressionar pela renúncia do conselheiro da Casa Branca para o Oriente Médio, Brett McGurk, em meio ao número crescente de civis mortos em Gaza e à consequente diminuição do apoio à administração.
Mais de 26 mil palestinos foram mortos até agora em Gaza, e outros 60 mil ficaram feridos desde a escalada do conflito entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro.