Panorama internacional

Congressistas dos EUA sugerem continuar impedindo acesso da China à tecnologia

Vários legisladores norte-americanos discutiram o reforço das restrições de exportação de tecnologia, havendo, inclusive, sugestões para impedir que o mesmo aconteça com o capital.
Sputnik
As restrições de investimento em exportação dos EUA introduzidas em agosto de 2023 para reduzir o acesso da China a tecnologias-chave devem ser amplamente reforçadas para fechar brechas, disse na quarta-feira (17) um congressista norte-americano.
"O projeto de regras da administração [Joe] Biden é um bom começo", disse Matthew Pottinger, ex-vice-conselheiro de Segurança Nacional do governo Donald Trump, em depoimento ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA.
"[...] Seria melhor, mais simples e menos intensivo em recursos aplicar novas regras a setores inteiros", disse Pottinger, que agora está na Fundação para a Defesa das Democracias, um think tank com sede em Washington, EUA.
Ele sugeriu, além dos controles de exportação, introduzir a restrição de capital para a China.
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Ao mesmo tempo, durante o debate foram sublinhados os limites das sanções e a natureza do jogo do gato e do rato de sua respetiva aplicação. O Pentágono, por exemplo, afirma que todas as empresas chinesas de telecomunicações móveis estão ligadas às Forças Armadas da China.
"[...] Se sancionássemos todos os provedores de telecomunicações móveis da China, proibiríamos efetivamente todas as empresas americanas de fazer negócios na China, porque nenhum de seus funcionários na China poderia usar o telefone", disse Peter Harrell, do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, outro think tank em Washington.
"Acho que também temos que ser cuidadosos em nossa aplicação", apontou Harrell, que esteve no Conselho de Segurança Nacional em 2021 e 2022 no governo Biden.
Pequim e o próprio Washington declaram que as tentativas de restrições de tecnologia por parte dos EUA, que começaram em 2019 sob a presidência de Donald Trump (2017-2021) e que foram aceleradas a partir de 2022 com Biden, visam a desaceleração do crescimento tecnológico e econômico da China. O tamanho de sua economia ultrapassou em 2014 o país norte-americano no Produto Interno Bruto em Paridade do Poder de Compra, e a diferença tem crescido desde então.
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