Panorama internacional

Israel recusa proposta dos EUA e da Arábia Saudita para 2 Estados: 'Impor algo que nos prejudica'

Benjamin Netanyahu rejeitou a proposta do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que faria a Arábia Saudita normalizar as relações com Israel em troca de Tel Aviv concordar em fornecer aos palestinos um caminho para a criação de um Estado.
Sputnik
Segundo um relatório publicado pelo canal NBC News hoje (18), os Estados Unidos estão se articulando para a criação de um Estado palestino, ação enfatizada com a visita de Blinken na semana passada à região.
De acordo com o relatório da NBC, Netanyahu disse na semana passada que não estava preparado para fazer um acordo que permitisse dois Estados. O secretário norte-americano respondeu que o Hamas não pode ser removido apenas por meios militares, e que o fracasso de Tel Aviv em reconhecer isso levará à repetição da história.
O premiê israelense disse hoje (18) que a criação de um Estado palestino é uma ideia que ele está disposto a bloquear e pontuou que a maioria dos cidadãos israelenses também se opõe à criação, segundo o jornal The Times of Israel.

"Portanto, isso contradiz a ideia de autogoverno [para os palestinos]. E daí? Digo essa verdade aos nossos amigos americanos e também impedi a tentativa de nos impor uma realidade que prejudicaria a segurança de Israel", afirmou em uma coletiva de imprensa.

No entanto, o premiê prometeu que isso não impedirá Tel Aviv de expandir o círculo de paz a novos países árabes, "juntamente a nossos amigos americanos", fazendo referência ao plano de normalização israelense com a Arábia Saudita.
Contudo, as autoridades sauditas reiteraram, ainda nesta quinta-feira (18), que a normalização com Israel dependerá da criação de um caminho para um Estado palestino.
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Mas na visão do governo israelense, em qualquer acordo possível, "Israel deve manter o controle de segurança sobre todo o território a oeste do rio Jordão". Da conversa com Blinken, o único pedido com o qual Netanyahu concordou foi que Israel não lançasse um grande ataque contra o Hezbollah no Líbano, relata a NBC.
Passados mais de 100 dias desde o início da guerra na Faixa de Gaza, as autoridades palestinas dizem que o número de mortos no território ultrapassou os 24.400. A maioria era composta por mulheres e crianças, segundo os dados citados pela rede de televisão Euronews. Do lado israelense, cerca de 1.300 pessoas morreram desde o começo do conflito.
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