Panorama internacional

ONU se opõe a declarações de ministros israelenses sobre 'saída forçada' de palestinos de Gaza

A Organização das Nações Unidas (ONU) se posicionou contrariamente ao deslocamento forçado dos palestinos da Faixa de Gaza, sugerido por membros de alto escalão do governo israelense, reforçou a porta-voz da entidade, Florencia Soto Niño.
Sputnik
"Nós opomos totalmente ao deslocamento forçado em geral. Isso tem que estar absolutamente claro", disse a porta-voz em uma coletiva de imprensa quando perguntada sobre as declarações recentes feitas por ministros israelenses sobre a saída de palestinos de Gaza.

"Todas as pessoas têm direito à proteção contra o deslocamento forçado", afirmou Soto Niño.

No dia 31 de dezembro, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, declarou ser favorável que os palestinos abandonassem Gaza, para que os israelenses pudessem "fazer florescer no deserto".

"Para termos segurança devemos controlar o território [Faixa de Gaza]. Para controlar militarmente o território por muito tempo, precisamos de presença civil", afirmou o ministro à mídia local quando perguntado sobre restabelecimento dos assentamentos ilegais israelenses no território palestino.

De acordo com o ministro, o governo israelense deveria "encorajar" os palestinos a deixarem o território.
Fontes consultadas recentemente pela Sputnik asseguram que Israel planeja "realocar" milhares de palestinos em territórios de países vizinhos da Faixa de Gaza, como o Egito.
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O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, também fez declarações que vão de encontro à desapropriação territorial dos palestinos, quando sugeriu um programa que incentiva a emigração dos habitantes do enclave.
As declarações dos ministros, no entanto, foram rechaçadas pela comunidade internacional, inclusive pelos Estados Unidos, que as chamou de "irresponsáveis."
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