Panorama internacional

Fornecimento de petróleo da Rússia para a União Europeia cai 90%, diz autoridade russa

As exportações para o bloco despencaram após as sanções ocidentais, disse o vice-primeiro-ministro da Rússia, Aleksandr Novak.
Sputnik
As vendas de petróleo russo para a União Europeia (UE) diminuíram para um décimo do seu nível anterior devido às sanções ocidentais, anunciou o vice-primeiro-ministro da Rússia, Aleksandr Novak, na quarta-feira (27).
No final de 2023, o percentual de entregas de petróleo bruto ao bloco nas exportações globais de Moscou caiu de 40-45% antes do conflito na Ucrânia para 4-5% agora, disse o responsável em entrevista à emissora Rossiya 24.
Em dezembro passado, a UE, o G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e os seus aliados impuseram um embargo ao petróleo russo transportado por via marítima, juntamente com um limite de preço de US$ 60 (R$ 289,63) por barril para outros tipos de petróleo, em um esforço para reduzir as receitas do setor de energia de Moscou. Restrições semelhantes foram introduzidas em fevereiro para as exportações de produtos petrolíferos. O teto acordado para o diesel é de US$ 100 (R$ 482,71) por barril e de US$ 45 (R$ 217,22) para produtos com desconto, como óleo combustível.
Em resposta, a Rússia — outrora a maior fornecedora da Europa — tem diversificado o seu fornecimento de energia e redirecionado cerca de 60% das suas exportações de petróleo e gás da UE para países asiáticos, conforme demonstram os dados do Ministério das Finanças.
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Entretanto, vários responsáveis ocidentais salientaram repetidamente que o petróleo da Rússia continua a entrar no mercado da UE, apesar das sanções ocidentais, fluindo através de intermediários a um preço muito mais elevado.
Segundo Novak, a China foi responsável por cerca de metade das exportações de energia da Rússia neste ano, com entregas variando entre 45% e 50%. Nos primeiros dez meses deste ano, a Rússia forneceu mais petróleo e produtos petrolíferos à China do que durante todo o ano de 2022, observou o vice-primeiro-ministro.
A Índia se tornou a segunda maior importadora de energia da Rússia, depois da China, continuou o responsável. A cota de Nova Deli nos hidrocarbonetos russos aumentou de 2% para cerca de 40% nos últimos dois anos. Antes do ano passado, as importações indianas de petróleo bruto russo eram insignificantes, devido aos elevados custos de frete.
No início do mês de abril, Novak disse que a Rússia tinha desviado 40 milhões de toneladas de petróleo bruto de um total de 220 milhões de toneladas da UE para a Ásia em 2022. Segundo as suas estimativas, neste ano as exportações de petróleo russo para o bloco vão diminuir em 140 milhões de toneladas.
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