Panorama internacional

Israel amplia ataques contra campos de refugiados em Gaza

Um dos territórios com maior densidade populacional do mundo, onde 2,3 milhões de pessoas vivem em local em que a extensão de uma ponta à outra é de 41 km, a Faixa de Gaza convive com um dos conflitos mais sangrentos da história do Oriente Médio. Desde 7 de outubro, mais de 20 mil palestinos já foram mortos por conta dos ataques israelenses.
Sputnik
Em mais uma escalada da guerra na região, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta terça-feira (26) que vão intensificar os ataques em campos de refugiados. Residentes de Nuseirat, Maghazi e Bureij já haviam relatado o aumento dos bombardeios.
As áreas abrigam famílias palestinas que fugiram ou foram expulsas de suas casas durante a guerra de 1948, que levou à criação do país judeu. Desde então, as localidades são consideradas campos de refugiados.
O porta-voz militar israelense, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou à Associated Press que foram ampliados "os combates para uma área conhecida como os campos centrais", quando ordenaram que os moradores abandonassem a região.
Além disso, cidades em Gaza voltaram a ficar sem os serviços de Internet e telefonia, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que a guerra "não está nem perto de terminar".
Panorama internacional
Rússia: Israel vê resolução da ONU como permissão para continuar 'limpeza' na Faixa de Gaza

Quem luta na Faixa de Gaza?

Israel declarou guerra contra o Hamas após os ataques do dia 7 de outubro, que deixaram mais de 1,2 mil mortos, principalmente no sul do país. Desde então, houve somente uma parada humanitária que durou uma semana para a entrega de ajuda e libertação de parte dos reféns.
A situação humanitária em Gaza é crítica: mais de 85% da população está desabrigada por conta da destruição causada pelos ataques. Pelo menos um quarto está em situação de altíssima vulnerabilidade alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), por conta da pequena entrada de alimentos, água, combustível e remédios no território.
Deir al-Balah e Rafah, no sul do enclave, estão sobrecarregadas com a chegada de pessoas deslocadas, que passam pelo posto de controle, inclusive durante bombardeios israelenses.
Comentar