Panorama internacional

Hungria sugere que pode cancelar veto à ajuda à Ucrânia se UE descongelar fundos

Assessor do primeiro-ministro húngaro diz que se UE descongelar € 30 bilhões presos pelo bloco, liberação para Ucrânia pode acontecer. Autoridade diz que outra opção é aprovar apenas um ano de ajuda para Kiev, em vez dos quatro propostos pelo bloco.
Sputnik
A Hungria está preparada para cancelar o seu veto à proposta de financiamento da União Europeia (UE) à Ucrânia em troca de bilhões de euros em financiamento que o bloco tem retidos de Budapeste, disse Balazs Orbán, principal conselheiro político do primeiro-ministro, Viktor Orbán.

"O financiamento da Hungria pela UE e o financiamento da Ucrânia são duas questões distintas, mas se a UE insiste que o financiamento da Ucrânia deve provir de um orçamento alterado da UE, então as duas questões ficam ligadas", afirmou o conselheiro em uma entrevista à agência Bloomberg.

Orbán também afirmou que a Hungria continua a opor-se a um plano de ajuda completo de quatro anos e prefere que o bloco europeu ofereça financiamento a Kiev por um único ano, sem alterações no orçamento. Budapeste também "consideraria contribuir" para o pacote, disse ele.
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O governo húngaro está segurando um pacote de apoio de quatro anos, no valor de € 50 bilhões (R$ 268 bilhões), para Kiev, que começaria em 2024, como parte de uma luta mais ampla pelo orçamento da UE, que terá seguimento em uma reunião de líderes que terá início na quinta-feira (14).
As observações de Balazs Orbán — que não tem qualquer relação familiar com o primeiro-ministro — sugerem que a Hungria está tentando cobrar um preço elevado pelo seu consentimento, que pode ser de difícil aceitação pelo resto do bloco.
Budapeste está aumentando as apostas em um momento em que se espera que a UE libere cerca de € 10 bilhões (R$ 50 bilhões) em financiamento até quarta-feira (13), depois de o governo ter aprovado leis para reforçar a independência do tribunal.
Mas Orbán disse que pretende que a UE entregue o montante total — cerca de € 30 bilhões (R$ 160 bilhões) — que foi suspenso no ano passado por questões de Estado de direito e corrupção.
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