Panorama internacional

Pelo menos 100 palestinos são detidos por Israel com mãos amarradas e vendados (FOTOS, VÍDEO)

As detenções foram feitas no norte da Faixa de Gaza, com a imprensa israelense dizendo que os homens eram integrantes do Hamas. No entanto, até agora nada foi confirmado. Um jornalista está entre os presos.
Sputnik
Nesta quinta-feira (7), em fotos e vídeos publicados nas redes sociais, pelo menos 100 homens palestinos são vistos sentados em filas em uma rua ao norte de Gaza, apenas de cueca, com as mãos amarradas e vendados, enquanto são observados por tropas israelenses.
O meio de comunicação Al-Araby Al-Jadeed disse que seu correspondente Diaa al-Kahlout estava entre os detidos e foi levado para um local desconhecido. A mídia afirma que Al-Kahlout foi preso com seus irmãos e parentes na cidade de Beit Lahia, ao norte de Gaza.
Entre estes palestinos reconhecemos o jornalista Diaa al-Kahlout. Ele não pôde se mudar para o sul porque tem uma mãe idosa e uma filha deficiente. É claro que Israel lhe dirá que são todos terroristas
Em relato à mídia, a irmã de Al-Kahlout (que não teve o nome revelado) disse que seu irmão foi forçado, sob a mira de uma arma, a deixar sua filha deficiente de sete anos. Ela acrescentou que os homens foram levados, despidos e espancados pelas forças israelenses.
A mídia israelense não mostrou o assassinato em massa de crianças palestinas e de civis inocentes nem a destruição em massa de Gaza. Mas a mídia israelense não tem escrúpulos em mostrar estas imagens selvagens das forças de ocupação israelenses detendo e despojando civis, retirados hoje de um abrigo da ONU em Gaza. Isso evoca algumas das passagens mais sombrias da história da humanidade. Já passou da hora de o mundo falar como um só e exigir e impor um cessar-fogo imediato e permanente.
De acordo com o jornal The Times of Israel, "as imagens mostram dezenas de homens de Gaza que se renderam às Forças de Defesa de Israel" e que são "considerados suspeitos de pertencerem ao Hamas", mas nada ainda foi confirmado.
Também hoje (7) milhares de palestinos foram vistos em frente à sede da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês) na cidade de Deir el-Balah, na região central da Faixa de Gaza, esperando comida.
As pessoas estão fazendo fila em meio à grave escassez de alimentos proporcionada pelo cerco contínuo e pelo fechamento dos postos de passagem por Israel.
Ontem (6) o secretário-geral da ONU, António Guterres, invocou o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, conforme noticiado. A ferramenta burocrática é tida como a mais poderosa do chefe da organização. Para Guterres, a situação em Gaza chegou a um extremo, onde foi criado um "terrível sofrimento humano".
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