Operação militar especial russa

EUA anunciam novo pacote de ajuda à Ucrânia de US$ 175 milhões; pode ser um dos últimos, diz Blinken

Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda militar de US$ 175 milhões (cerca de R$ 858 milhões) para a Ucrânia. Este poderá ser um dos últimos, a menos que o Congresso aprove o pedido suplementar do presidente Joe Biden, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, nesta quarta-feira (6).
Sputnik
Blinken alertou que "este será um dos últimos pacotes de assistência à segurança que poderemos fornecer à Ucrânia", a menos que o Congresso aja para aprovar o pedido de financiamento suplementar para a segurança nacional do presidente.
Segundo o representante da Casa Branca, as capacidades fornecidas no pacote aprovado incluem munições de defesa aérea, munições adicionais para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade, de artilharia, mísseis antirradiação de alta velocidade, mísseis antiblindados, munições para armas pequenas, de demolição para a remoção de obstáculos, equipamento para proteger a infraestrutura nacional e peças sobressalentes, equipamentos auxiliares, serviços, treinamento e transporte.
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Mais cedo, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse a parlamentares no Congresso norte-americano que não está pronto para se afastar da Ucrânia e que acredita que o povo americano também não está.

"Não estou preparado para abandonar, e creio que o povo americano também não", disse Biden ao instar os legisladores dos Estados Unidos a aprovarem o pacote suplementar de urgência para a segurança nacional.

Biden também cogitou a hipótese de que tropas americanas combatam tropas russas em caso de confrontos com aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

"Se Putin atacar um aliado da OTAN, quando nos comprometemos, como membros da OTAN, a defender cada centímetro do território da OTAN, então teremos algo que não procuramos e que não temos hoje: tropas americanas lutando contra tropas russas", declarou ele.

O Departamento de Defesa dos EUA já utilizou 97% dos US$ 62,3 bilhões (cerca de R$ 305 bilhões) em financiamento suplementar que recebeu, e o Departamento de Estado havia utilizado toda a verba de US$ 4,7 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões) destinada à assistência militar, de acordo com a chefe de Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Shalanda Young, em uma carta dirigida aos líderes do Congresso na segunda-feira (4).
O país, segundo ela, possui menos de US$ 1 bilhão (R$ 4,9 bilhões) em autorização de reposição.
Se o Congresso não fornecer novos fundos para comprar equipamentos de substituição e o Pentágono ficar sem recursos para realocar e manter os contratos corporativos em andamento, os Estados Unidos, a Ucrânia e os fabricantes de armas podem ser forçados a tomar outras medidas para repor os estoques.
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