A China iniciou operações comerciais em um reator nuclear de quarta geração que é o primeiro desse tipo no mundo, relata o jornal South China Morning Post.
A usina de quarta geração de Shidaowan, localizada na província de Shandong, ao norte da China, foi concebida para utilizar o combustível de forma mais eficiente e melhorar a sua economia, segurança e meta ambiental.
A planta de reator refrigerado a gás de alta temperatura e 200 megawatts (MW) foi desenvolvida em conjunto pela concessionária estatal Huaneng, a Universidade de Tsinghua e a China National Nuclear Corporation. A planta usa um design modular, ressalta a mídia.
A primeira usina nuclear de quarta geração do mundo, a usina nuclear com reator refrigerado a gás de alta temperatura (HTGR) Shidaowan, entrou oficialmente em operação comercial no leste da China na quarta-feira (6).
Usinas modulares referem-se àquelas com menos de 300 MW. Em vez de usar água para resfriar o sistema, o reator de alta temperatura será resfriado com gás hélio, oferecendo uma forma promissora de desenvolver mais usinas nucleares no interior, já que não precisarão estar localizadas próximas a uma fonte de água.
"Uma característica do projeto do reator é a segurança inerente, pois no caso de uma falha repentina do reator ou perturbação externa, o núcleo não derreterá", disse um comunicado de imprensa da Tsinghua.
Ao mesmo tempo, reatores como o Shidaowan serão capazes de produzir hidrogênio juntamente com eletricidade para a rede. O hidrogênio produzido pelos reatores pode ser usado como combustível, bem como em diversas aplicações industriais.
A maior parte do hidrogênio produzido no mundo hoje é feita a partir de materiais à base de carbono e, portanto, cria emissões de dióxido de carbono. No entanto, reatores de alta temperatura podem usar processos termoquímicos para produzir hidrogênio com zero carbono usando água.
Pequim tem o objetivo de produzir 10% de eletricidade a partir da energia nuclear até 2035 e 18% até 2060, mas até setembro deste ano não tinha cumprido o seu objetivo para 2020 de instalar 58 gigawatts de capacidade nuclear.