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Hezbollah diz que continuará ações e Israel rebate: 'O que fazemos em Gaza sabemos fazer no Líbano'

O chefe do Hezbollah disse neste sábado (11) que o grupo usou novos tipos de armas, incluindo drones armados, e atingiu novos alvos em Israel nos últimos dias, prometendo que a frente do grupo no sul permanecerá ativa.
Sputnik
Segundo Sayyed Hassan Nasrallah, houve "uma atualização" nas operações do Hezbollah ao longo de sua frente com território israelense.

"Houve uma melhoria quantitativa no número de operações, no tamanho e no número de alvos, bem como um aumento no tipo de armas [...] esta frente permanecerá ativa", disse Nasrallah em um discurso televisionado citado pela Reuters.

O líder disse que o Hezbollah usou o míssil Burkan, descrevendo sua carga explosiva entre 300 e 500 quilos, e confirmou que o grupo usou drones armados pela primeira vez.
Nasrallah afirmou que o grupo também atacou pela primeira vez a cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel, em retaliação pela morte de três meninas e de sua avó no início deste mês.
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O Hezbollah tem trocado tiros com as forças israelenses na fronteira libanesa-israelense desde 8 de outubro, com pelo menos 70 de seus combatentes mortos. Vários civis também perderam a vida.
Enquanto o Hezbollah continua com suas ações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou que o grupo está "perto de cometer um erro grave" que levará os residentes de Beirute a fugir das suas casas.

"Estou dizendo aqui aos cidadãos do Líbano, já vejo os cidadãos de Gaza caminhando com bandeiras brancas ao longo da costa e movendo-se para o sul. O Hezbollah está a arrastar o Líbano para uma guerra que pode acontecer e está a cometer erros [...] se cometer erros deste tipo, quem pagará o preço serão, em primeiro lugar, os cidadãos do Líbano. O que estamos fazendo na Faixa de Gaza sabemos fazer em Beirute", disse Gallant, citado pelo The Times of Israel.

Gallant ainda continuou a ameaça dizendo que a Força Aérea israelense está usando menos de um décimo do seu poder na Faixa de Gaza.
"Nossos pilotos estão sentados na cabine, os narizes dos aviões apontam para o norte. Temos muito que fazer no sul, mas a Força Aérea está virada para norte e o seu poder é muito grande", acrescentou.
As autoridades de saúde de Gaza afirmam que mais de 11 mil pessoas – muitas delas mulheres e crianças – foram mortas desde que Israel iniciou a sua ofensiva na pequena faixa costeira de 2,3 milhões de pessoas.
Já Israel revisou o número de mortos com o ataque do Hamas de 1400 para 1200, dizendo que os 200 a mais anteriormente mencionados eram corpos de integrantes do grupo palestino.
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